Faleceu nesta quinta-feira, 18, aos 83 anos, o desembargador Reynaldo Ximenes Carneiro. O mineiro dedicou 33 anos de sua vida à magistratura, passando por importantes cargos no Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais.
O velório de Reynaldo Ximenes Carneiro acontece nesta quinta-feira, 18, na sede da Amagis - Associação dos Magistrados Mineiros, em Belo Horizonte/MG, das 13h às 16h. Posteriormente, o corpo será velado em sua cidade natal, Elói Mendes/MG, onde será feito o sepultamento na sexta-feira, 19, às 11h.
Defesa da Magistratura
Reynaldo Ximenes foi voz importante na valorização dos magistrados. Durante a constituinte de 1988, momento no qual os Poderes Judiciário e Legislativo realmente tornaram-se independentes, o desembargador Lincoln Rocha, que presidia a Amagis à época, nomeou um grupo de magistrados, do qual Ximenes fazia parte, para trabalhar juntamente com magistrados de todo o País na criação de um projeto pela autonomia da magistratura.
Para realizar tal mister, Reynaldo não mediu esforços se deslocando constantemente a Brasília para demonstrar aos parlamentares que a questão central era a autonomia financeira e administrativa do Judiciário, conseguindo que esses objetivos fossem incorporados à Constituição de 1988.
Trajetória
Natural de Elói Mendes, no Sul de Minas, o desembargador formou-se na Faculdade Nacional de Direito, pela Universidade do Brasil - RJ (Turma de 1966).
Entre 1973 e 1977, foi prefeito municipal de Elói Mendes, tendo, em seguida, ingressado na magistratura. Desde então, atuou nas comarcas de Varginha, Machado, Barbacena e Belo Horizonte.
Além disso, o desembargador foi presidente da Amagis - Associação dos Magistrados Mineiros (1990/91), vice-presidente da AMB - Associação dos Magistrados Brasileiros (1991/92 e 1998/99), juiz do TRE/MG, presidente do Tribunal de Alçada de Minas Gerais (1996), vice-corregedor Geral de Justiça de Minas Gerais (2004/06) e 2º vice-presidente do TJ/MG e superintendente da Ejef - Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes.
Homenagem
"Ele construiu sua história na vida pública e entre sua família e seus amigos de maneira exemplar. Além de magistrado experiente e dedicado, vocacionado, nosso querido Ximenes era, acima de tudo, grande figura humana. Amigo, aconselhador, feitor de pontes e de união entre as pessoas, agregador. Um defensor incansável da Magistratura até o último momento. Um farol que sempre nos guiou nos períodos mais conturbados com firmeza e tranquilidade. E que continuará nos guiando com seu legado que fica registrado na história da Magistratura, da Amagis e em nossos corações. Perdemos, acima de tudo, um amigo.”
Presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, que decretou luto oficial de três dias na Associação.
Informações: Amagis.