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Evento sobre ESG no setor de serviços discute futuro do planeta

Encontro promovido pelo 15º Ofício de Notas abordou temas relacionados às ações sociais, ambientais e de governança no setor público e privado.

5/4/2023

Os altos riscos da degradação do planeta para a sobrevivência da humanidade e a urgência de melhores práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) foram temas discutidos por autoridades, especialistas, empresários e agentes do terceiro setor nos elegantes salões do Hotel Fairmont Copacabana em evento do 15º Ofício de Notas e da FGV Conhecimento. O evento debateu, na sexta-feira 31, as práticas ESG no setor de serviços.

O encontro reuniu 300 convidados. Entre os palestrantes estavam Luis Felipe Salomão, ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor nacional de Justiça; Nicola Miccione, chefe da Casa Civil do Rio de Janeiro; Eduardo Gussem, ex-procurador-geral da Justiça e especialista em compliance e o economista Sérgio Besserman, do Centro Brasil no Clima. 

Também participaram Luana Génot, fundadora e diretora-executiva do Instituto Identidades do Brasil; Preto Zezé, presidente nacional da Central Única das Favelas (Cufa); e Maria Rita Drummond, vice-presidente jurídica da Cosan. A mediação foi da jornalista Sônia Bridi, da TV Globo. 

Ao abrir o encontro, a tabeliã do 15º Ofício de Notas, Fernanda Leitão, deu o tom da relevância do tema. Ela apontou o ESG como “caminho inexorável” para construir um mundo inclusivo, ético e ambientalmente sustentável. “É uma atitude, é uma consciência, é uma direção: ou a civilização avança com a preservação do mundo ou será o fim do mundo e da civilização. Não se trata, portanto, de uma escolha, de uma opção, mas sim, de uma obrigação, de um dever”, disse Fernanda. 

(Imagem: Renato Wrobel)

Governança e exemplos sociais 

A diretora jurídica da Cosan, Maria Rita Drummond, defendeu que as experiências na dimensão social das empresas não podem ser negligenciadas. “É fundamental que ESG seja o pilar de qualquer empresa e qualquer sociedade. Na parte ambiental, porque precisamos cuidar do nosso planeta. Já na parte social, principalmente no Brasil, onde há uma desigualdade muito grande, as empresas precisam ter uma contribuição no ambiente em que elas produzem, além de uma governança transparente e responsável”, afirmou.

Preto Zezé, da Cufa, propôs um brinde à mobilização. "Sempre falo que a favela é potência, mas temos que inserir, incluir a favela na economia. Um evento desses é uma ação na prática que mobiliza pessoas, empresas, ideias para um Brasil mais justo, mais igualitário e diverso", comentou.

A diversidade foi o destaque da fala de Luana Génot, do Instituto Identidades do Brasil. “É fundamental que empresas, governos e instituições do terceiro setor entendam a centralidade de a gente conseguir pensar em pontos como a inclusão, tanto dentro do E (de ESG), que são as questões ambientais, quanto dentro do S, que são as questões sociais, e as questões de governança”. 

Caminhos sustentáveis 

Esse encontro é um despertar para a nova realidade. É preciso rever os processos de trabalho e propor novas práticas às empresas”, comentou o ex-procurador e especialista em compliance Eduardo Gussem.

O secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, destacou o trabalho do Governo do Estado com o contrato de concessão da CEDAE, que permite levar serviços de saneamento de qualidade a 9,8 milhões de pessoas. "Saneamento é essencial. Temos um ano de concessão e ainda são mais 34 pela frente. Estamos revolucionando a saúde e a vida das pessoas", disse.

O economista Sérgio Besserman ressaltou que a crise climática é o maior desafio da humanidade. “Empresas necessitam aprofundar a agenda ESG, tendo em mente que não é o porto de destino, mas os primeiros passos de uma longa caminhada”. 

Michelle Novaes, tabeliã substituta do 15º Ofício de Notas, considerou o evento como um dia de aprendizado. “Por isso convidamos grandes interlocutores dos temas relacionados às boas práticas sociais, ambientais e de governança para nos ajudar a entender como essa tendência global influencia a atuação do setor de serviços”, explicou. 

O ministro Luis Felipe Salomão encerrou o debate destacando a realização do encontro para pavimentar essa discussão no setor de serviços. "O Judiciário não quer ficar para trás no processo de transformação que a sociedade brasileira está fazendo. Essa é a pauta do momento. Fazer essa discussão aqui é muito importante para o Rio de Janeiro e os setores diversos da cidade", disse o ministro.

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