OAB/SP inaugura sua primeira central geradora de energia fotovoltaica, localizada na Colônia de Férias da Seccional, no município paulista de Três Fronteiras. Como parte de um dos pilares do plano de gestão da OAB/SP, o ESG (do inglês Environmental, Social and Governance; sigla que reúne boas práticas ambientais, sociais e de governança) tem pautado as iniciativas da entidade e a usina de energia limpa é um dos grandes projetos que se tornaram realidade.
A energia gerada por essa usina vai suprir 40% da demanda das 37 subseções da região. O objetivo do projeto é que todas as Casas da Advocacia e Cidadania no Estado – cerca de 250 – utilizem 100% de energia renovável, até o final de 2025.
As centrais geradoras vão gerar energia por meio de painéis solares e o excedente será redistribuído para a rede da concessionária, que devolverá os créditos gerados à Secional. Dessa forma, todas as subseções que possuem abastecimento desta mesma concessionária terão abatimentos na conta, chegando a pagar apenas o mínimo e deixando de sujeitar-se às bandeiras sazonais.
Agenda ESG
O diretor tesoureiro da OAB/SP, Alexandre de Sá Domingues, reforça que todos os projetos da entidade têm seguido os princípios do ESG. “Todas as nossas propostas estão baseadas nos critérios de governança ambiental, social e corporativa, preparando a Secional para este novo momento”, destaca. Apenas essa central reduzirá a emissão de 95 toneladas de CO2 na atmosfera por ano, contribuindo com a redução da pegada de carbono.
A OAB/SP integra o Pacto Global das Nações Unidas, a maior iniciativa corporativa de sustentabilidade do mundo. Dentre as metas de desenvolvimento sustentável do Pacto Global, estão as boas práticas corporativas. A seccional paulista da Ordem também aderiu à Agenda 2030 da ONU, plano de ação para erradicar a pobreza e promover vida digna dentro dos limites do planeta, que tem como base os ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vão desde saúde e bem-estar, cidades e comunidades sustentáveis, ao consumo e produção responsáveis, entre outros. Portanto, apostar na produção de energia limpa é começar a cumprir as propostas da Agenda 2030.
Domingues acrescenta, ainda, que a ideia é que sejam construídas entre 15 e 20 usinas em todo o Estado, nos próximos dois anos.
“Mais do que a economia que estas usinas fotovoltaicas irão gerar, estamos falando em geração de energia renovável, e isso é fundamental quando nos lembramos de que os recursos que usamos hoje como fontes de energia são finitos.”
Investimento e economia
Segundo os cálculos, o retorno do investimento se dá em até quatro anos na economia da conta de energia geral da entidade. O projeto tem a expectativa de economizar R$ 2,250 milhões por ano. “O investimento da usina é oriundo de uma reserva técnica da OAB SP, e as próximas usinas devem começar a ser construídas ainda neste ano”, explica Domingues.
Para a construção das novas usinas, a Secional está dando preferência de implementar o sistema em construções térreas, uma vez que é necessário lavar os painéis periodicamente para não acumular poeira e reduzir sua capacidade de recepção da luz solar. De acordo com o tesoureiro, mais de 50 subseções já demonstraram interesse em receber uma usina fotovoltaica.
A entidade irá abrir uma licitação para as próximas construções e para a compra dos painéis. “Nós iremos fazer por concessionária. No Estado, existem cinco companhias. Esperamos publicar o edital em maio deste ano. E o critério será preço e qualidade”, complementa.
Projeto piloto
A usina de Três Fronteiras é composta por 200 painéis de 550W, que alimentam 75 kW de inversores. Considerando a tarifa retornada (de energia, menos o ICMS da TUSD) em R$ 0,79 por kWh, tem-se uma economia mensal projetada em R$ 11.650,00 por mês – aproximadamente R$ 140.00,00 por ano. A expectativa de geração média mensal é de 14.740 kWh, ou quase 177 MWh por ano.
Além da geração de energia limpa e renovável, a OAB/SP também estará isenta da cobrança extra que ocorre quando são implementadas bandeiras sazonais (amarela ou vermelha), que geram custos extras não previstos para os caixas da Secional.
Para utilizar os créditos gerados pela usina, é necessário que as subseções ou subsedes da OAB SP também sejam atendidas pela mesma concessionária de suas respectivas regiões. “O Estado de São Paulo é atendido por cinco companhias diferentes, e, por isso, será necessário construir usinas em localidades diferentes, para que todas sejam contempladas com os créditos gerados por cada uma dessas empresas”, finaliza Domingues.