Migalhas Quentes

Juíza rejeita denúncia contra ex-atriz da Globo Suzy Camacho

Suzy era acusada de falsificar atestados para ficar com R$ 10 milhões do marido.

30/9/2022

A juíza de Direito Luciana Piovesan, da 27ª vara Criminal de SP, rejeitou denúncia contra a ex-atriz da Globo Suzy Camacho, acusada de falsificar atestados médicos do marido, o empresário Farid Curi, para ficar com R$ 10 milhões. Curi faleceu na semana passada.

A ex-atriz ficou conhecida nas décadas de 70 e 80 e participou de novelas como “A Viagem” e “Brega e Chique”.

A denúncia foi rejeitada por falta de provas:

“As afirmações não encontram fundamento em nem mesmo indício de prova e, portanto, não autorizam o recebimento da denúncia, por sequer indicarem a presença de indícios de autoria dos crimes e prova de suas materialidades.”

Ex-atriz Suzy Camacho e o marido.(Imagem: Reprodução/Instagram)

Entenda o caso

Suzy Camacho e Farid Curi, de 85 anos, foram casados em regime de separação total de bens. O empresário foi sócio da rede de supermercados Atacadão, depois vendida ao Carrefour. Em 2019, ele foi diagnosticado com uma encefalite (inflamação no cérebro) e faleceu na última semana.

Em 2020, os filhos de Farid pediram a interdição do pai, por considerarem que o empresário não possuía mais capacidade cognitiva. Eles queriam bloquear um pedido de liberação da quantia aplicada em um fundo de investimento.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP/SP acusou a ex-atriz de enganar três médicos neurologistas para conseguir atestados que comprovassem a capacidade mental plena do marido e, assim, liberar o saque de R$ 10 milhões.

Da análise do caso, a juíza entendeu que a inicial acusatória não propicia um juízo de admissibilidade positivo, devendo ser, pois, rejeitada de plano.

“As declarações médicas, portanto, não são falsas, donde inviável se cogitar de falsidade ideológica. Aliás, fossem falsas, deveriam os profissionais da saúde responder pelo que declararam.”

A defesa de Suzy é feita pelo advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, do escritório D'Urso e Borges Advogados Associados.

Consulte a decisão.

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