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Cármen Lúcia lamenta disparidade de gênero em tribunais brasileiros

"Quando há uma minoria, a dificuldade de se impor, até pela palavra, é, às vezes, muito difícil”, disse a ministra.

25/8/2022

Durante sessão plenária desta quinta-feira, 25, a ministra Cármen Lúcia lamentou a disparidade de gênero no Judiciário brasileiro. S. Exa. pontuou que há Tribunais de Justiça e Tribunais Reginais Federais no Brasil que não têm nenhuma mulher, e “quando há uma minoria, a dificuldade de se impor, até pela palavra, é, às vezes, muito difícil”.

“Quem passar nos dia 13, 14 de setembro pelo Brasil, vai ver a presidente do STF uma mulher, a presidente do STJ uma mulher, e vai ficar achando que as mulheres têm muito poder no Brasil. Ledo engano. Mas isto aconteceu para orgulho de nós mulheres, como um sinal do que é preciso transformar, e não do que já está transformado, porque está muito longe disso efetivamente. Nós ainda temos tribunal de Justiça no Brasil que não tem nenhuma mulher.”

Assista:

Na ocasião, o ministro Dias Toffoli também defendeu a paridade de gênero no Judiciário, e destacou que dados trazidos em recente pesquisa realizada pela revista Justiça e Cidadania mostram que 80% de 1.700 entrevistados defenderam a paridade de gênero nos tribunais.

Ministro Luiz Fux se manifestou em seguida à ministra: "Nós, homens, ficamos muito satisfeitos com essa divisão equânime de trabalho, pelo valor que as nossas mulheres da área jurídica têm".

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