Migalhas Quentes

Condenada ex-presidente do TJ/TO por concussão e associação criminosa

Willamara Leila de Almeida foi aposentada compulsoriamente após a deflagração da operação Maet, em 2010, que investigava um esquema de venda de decisões judiciais.

22/7/2022

A ex-presidente do TJ/TO, Willamara Leila de Almeida, foi condenada pela Justiça a sete anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, pelos crimes de concussão e associação criminosa. Decisão foi proferida pelo juiz de Direito Luiz Zilmar dos Santos Pires, da 2ª vara Criminal de Palmas, no âmbito da operação Maet, que investigava a venda de decisões judiciais.

O ex-vice-presidente da Corte, Carlos Luiz de Souza, também foi condenado a dois anos e oito meses de reclusão, em regime inicial aberto, por corrupção passiva qualificada.

Eles irão recorrer em liberdade.

Ex-presidente do TJ/TO é condenada por concussão e associação criminosa.(Imagem: Divulgação/TJTO)

Operação Maet

A denúncia contra os magistrados foi apresentada pelo MPF em 2011. A acusação veio um ano depois da deflagração da operação Maet, que apurava um esquema de venda de sentenças e de manipulação de autorização para o pagamento de precatórios.

À época, Willamara e Souza chegaram a ser presos. Um outro desembargador, Libertato Póvoa, também foi denunciado, porém faleceu em 2019.

O processo foi levado à primeira instância após o STJ declinar da competência do caso devido à aposentadoria compulsória dos magistrados pelo CNJ.

Na sentença de 244 páginas, acessada pelo Estadão, o juiz ponderou que a condenação por concussão de Willamara envolve a liberação de quatro precatórios, entre eles um que previa uma indenização de R$ 100 milhões, no âmbito de uma ação de desapropriação.

Nesse caso, o magistrado entendeu que dois advogados, também sentenciados por concussão, exigiram propina aos beneficiários do precatório, em conjunto com Willamara.

Com relação à condenação por associação criminosa, Luiz Zilmar dos Santos Pires ressaltou que “ficou clara a estabilidade” do grupo que “atuou entre 2009 a 2010 exigindo porcentagens para liberação de alvarás, cada um à medida de sua participação exposta”.

“A finalidade do grupo era a mesma, ou seja, obtenção de vantagem ilícita mediante o recebimento de valores dos beneficiários dos Precatórios.”

A condenação por corrupção passiva de Carlos Luiz de Souza se deu em razão da venda de um agravo de instrumento envolvendo o IESPEN - Instituto de Ensino Superior de Porto Nacional, sociedade de economia mista com parte de cotas pertencentes à prefeitura de Porto Nacional/TO.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

CNJ aposenta compulsoriamente desembargadora do TJ/TO

27/11/2012
Migalhas Quentes

STJ afasta desembargadores do Tocantins de suas funções

17/12/2010
Migalhas Quentes

Desembargadora Willamara Leila de Almeida toma posse como presidente do TJ/TO

10/2/2009

Notícias Mais Lidas

PEC que limita supersalários de servidores é aprovada pelo Congresso

20/12/2024

Carro com ministro do TST e família cai de ponte e capota em Goiás

22/12/2024

TRF-1: Técnico previdenciário pode ter OAB se impedido contra Fazenda

20/12/2024

Gilmar Mendes reconhece competência do STF para julgar Eduardo Cunha

20/12/2024

STJ anula Júri por falta de quesito obrigatório sem registro em ata

22/12/2024

Artigos Mais Lidos

Decisão importante do TST sobre a responsabilidade de sócios em S.A. de capital fechado

20/12/2024

Planejamento sucessório e holding patrimonial: Cláusulas restritivas societárias

20/12/2024

As perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2025

20/12/2024

A sua empresa monitora todos os gatilhos e lança as informações dos processos trabalhistas no eSocial?

20/12/2024

O futuro dos contratos: A tecnologia blockchain e o potencial dos smart contracts no Brasil

20/12/2024