Segundo o MP/PR, a Justiça do PR decretou a prisão preventiva do homem que assassinou um líder petista em Foz do Iguaçu, ocorrida no sábado, 9.
A conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva foi expedida a pedido do Gaeco, que acompanha as investigações.
Ao determinar a prisão preventiva do investigado, o juízo afirmou que “resta evidenciado que o flagrado coloca em risco a ordem social, se revelando necessária a contenção cautelar para evitar a reiteração criminosa, sendo que as peculiaridades do caso concreto apontam ser imperiosa a manutenção da segregação cautelar”.
A Justiça ainda ressaltou que, pelo que consta dos autos, “o flagrado, aparentemente por motivos de cunho político, praticou atos extremos de violência contra a vítima, que sequer conhecia, tendo invadido a sua festa de aniversário e após uma discussão inicial deixado o local, retornando cerca de dez minutos depois armado, efetuando na presença de diversos convidados os disparos de arma de fogo, em decorrência dos quais a vítima faleceu”.
Além disso, pontua a decisão judicial que “o flagrado atua na área de segurança pública – policial penal federal – o que eleva ainda mais a gravidade do delito considerando que este age (ou deveria agir) em nome do Estado, em prol dos interesses da coletividade”.
Para o juízo, portanto, a concessão da liberdade, neste momento, geraria sentimento de impunidade, serviria de estímulo à reiteração criminosa e colocaria em risco a sociedade.
- Processo: 0017806-68.2022.8.16.0030
O caso
Um policial penal federal, assumidamente apoiador do presidente Bolsonaro, invadiu uma festa de aniversário de um guarda municipal e líder petista no sábado, 9, em Foz do Iguaçu.
O aniversariante, Marcelo Aloizio de Arruda, fez sua festa com a temática “PT” e “Lula”. Os relatos apontam que o bolsonarista passou de carro em frente ao salão de festas gritando xingamentos e frases de apoio a Bolsonaro, e afirmou que voltaria para “matar todo mundo”.
De acordo com as testemunhas, o aniversariante, então, foi ao seu carro e pegou uma arma para se defender.
O bolsonarista, identificado como Jorge José da Rocha Guaranho, teria, de fato, retornado, invadido o salão de festas e atirado em Arruda. O petista, já ferido no chão, também o baleou.