A importância do amor para a sociedade contemporânea foi destaque em entrevista concedida pelo professor, escritor e palestrante Gabriel Chalita ao Migalhas. Como um bom filósofo, Chalita descreve a tématica segundo o olhar social, e caracteriza o amor à parte das relações românticas.
Para o doutor em filosofia do Direito, a interpretação do tema não deve se limitar apenas a esferas sentimentais, mas buscar ser entendida como representante da ação, ética e responsabilidade, despertada a partir das relações sociais. Ainda, acerca da sociabilidade do ser, o professor pontua que o desenvolvimento das relações necessita do contato do humano com outros da mesma espécie.
“Quando o ser humano tem a dimensão do que significa a convivência, e a partir da convivência a gente experimenta o que é ajudar o outro, compreender o outro, ser generoso e ter compaixão, a gente tem uma dimensão muito mais bonita da vida entre as pessoas.”
Ademais, Gabriel Chalita fala sobre o impedimento nas relações causado pelo ódio. Sabiamente, contextualiza a ética de Aristóteles, e define esse mal ao “emburrecimento do ser”, em contrariedade aos efeitos do amor.
“O ódio emburrece. O amor, ao contrário disso fortalece as relações em uma cidade. O cidadão vem daí, da responsabilidade que eu tenho com o outro.”
Por fim, reforça que o amor edifica as relações humanas, nunca o ódio. A entrevista com o professor Gabriel Chalista foi concedida à TV Migalhas durante o XXVII Seminário de Verão de Coimbra. Para acessar a cobertura do evento, acesse a playlist na TV Migalhas.