No início da sessão plenária desta quinta-feira, 28, a ministra Cármen Lúcia, do STF, pediu a palavra para tratar sobre o caso de uma menina indígena de 12 anos que foi estuprada até a morte por garimpeiros na comunidade Aracaçá, na terra indígena Yanomami, em Roraima.
A ministra cobrou que o caso seja investigado e que medidas cabíveis sejam adotadas, pois, segundo Cármen, mulheres indígenas são massacradas sem que a sociedade e o Estado tomem as providências suficientes.
“Ocorre que a violência e a barbárie praticada contra os indígenas estão correndo há 500 anos, não diferente a violência que vem ocorrendo especialmente contra as mulheres no Brasil de uma forma cada vez crescente. Parece que a civilização tem significado apenas a um grupo de homens.”
A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo e o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, lamentaram o ocorrido e concordaram integralmente com a ministra.
Assista ao discurso: