A Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados há alguns anos se preocupa com as disparidades de gênero e raça no seu ambiente de trabalho. Em virtude disso, o escritório se mobilizou mediante a iniciativa de criação de comitês que visam enfrentar de forma direta os problemas existentes, inclusive mediante iniciativas que, apesar de terem o foco no público interno do escritório, podem ser replicadas por outras bancas.
Nesse sentido, ao final de 2020, o escritório criou o Comitê Manesco de Inclusão Racial (CMIR), tendo recebido suporte do Instituto Formação Antirracista, para criação do Plano de Ação do referido comitê.
Logo em seu primeiro ano, o CMIR (i) aprovou uma Política Institucional de Igualdade Racial, que prevê, dentre outras medidas, mentorias para estagiárias e estagiários negros e criação de um canal de denúncia, (ii) além de ter aderido ao programa Incluir Direito, uma iniciativa do CESA - Centro de Estudos das Sociedades de Advogados que busca inserir estudantes negras e negros em grandes bancas de advocacia.
Em 2021, dando continuidade as ações inclusivas, o CMIR cuidou da realização do censo de autodeclaração racial, utilizado para elaborar as metas de inclusão de estagiárias e estagiários negros.
Nesse sentido, para alcançar sua primeira meta, de que 1/3 das vagas para esse cargo sejam preenchidas por pessoas negras até 2022, o CMIR realizou reuniões com os avaliadores dos processos seletivos e criou um formulário que deve ser respondido todas as vezes em que houver reprovação da candidatura de pessoa negra, com a finalidade de identificar quais critérios, majoritariamente, impedem a aprovação.
Cientes de que, além de contratar pessoas negras o escritório também tem um papel importante na retenção desses talentos, o CMIR, promoveu eventos com o professor Adilson Moreira, a professora Alessandra Benedito e a professora Eunice Prudente, com o intuito de conscientizar colaboradoras e colaboradores acerca da existência do racismo e de formas hábeis a combatê-lo.
Além disso, implementou auxílio financeiro destinado às pessoas em condição de vulnerabilidade, além de apoiar as iniciativas de capacitação promovidas pelo escritório, como é o caso do subsídio para os cursos de idiomas.
Já o Comitê Manesco Mulher (CMM), existe há cinco anos e, em 2021, teve uma atuação que ultrapassou os limites institucionais, o que trouxe uma maior presença e reconhecimento junto aos critérios internacionais do WEPS (Princípios do empoderamento feminino, da Organização das Nações Unidas), tendo se tornado um Realizador da igualdade de gênero, segundo a Ferramenta de Análise de Lacunas de Gênero do WEPs, preenchida anualmente pelo CMM para direcionar sua atuação.
Como parte das ações para se tornar um agente transformador da realidade para fora do escritório, o Comitê realizou evento sobre a constituinte chilena, em parceria com o Instituo Azmina, como forma de trazer para sociedade o debate acerca da importância da paridade da representação feminina na política.
Ainda como forma de ampliar o alcance social do projeto, o escritório, além da ação quanto ao auxílio creche (clique aqui), (i) realizou doações para organizações que tem pautas voltadas ao público feminino, como é o caso da ONG Fluxo Solidário e da Rede de Mulheres Imigrantes de São Paulo e (ii) promoveu ações para fortalecer a presença das mulheres no mercado de trabalho, mediante à aquisição de brindes do Projetos Costurando Artes da União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS); à realização de entrevistas com dirigentes dos atuais fornecedores do escritório sobre a importância de políticas de equidade de gênero e à elaboração de um formulário de compliance de gênero e raça em parceria com CMIR.
No âmbito interno, vale destacar que o CMM vem atuando na implementação das boas práticas não só do WEPS, mas também de outros três compromissos de alcance internacional, (i) o Equal Representation in Arbitration (ERA Pledge), que tem intuito de aumentar, em igualdade de oportunidades, o número de mulheres nomeadas como árbitras; (ii) o "Equidade é prioridade: gênero", iniciativa do Pacto Global, que tem como meta a paridade de gênero nos cargos de liderança até 2030 e (iii) o memorando de cooperação para aumentar a diversidade de gênero do GRI Club, clube de infraestrutura que engloba membros de mais de 87 países.
Para 2022, os comitês da Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados seguem renovando os esforços para reduzir a desigualdade de gênero e raça no mercado de trabalho, tendo como objetivo ainda ampliar a atuação pro bono para entidades que apoiem causas ligadas a estas questões.