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Com referência a Darth Vader, advogado responde Bretas: não é meu pai

Manifestação do advogado se deu após ele ser impedido pelo juiz da Lava Jato do RJ de atuar em processo.

17/2/2022

Um advogado que foi impedido de atuar em processo da Lava Jato do RJ por decisão do juiz Marcelo Bretas "respondeu" com uma referência cultural. No Twitter, o criminalista Nythalmar Dias Ferreira ironizou a medida e, lembrando o clássico Star Wars, disse: “você não é meu pai”.

Advogado faz referência a Star Wars em "resposta" ao juiz Bretas.(Imagem: Reprodução/Twitter)

A fala faz referência a uma cena em que o protagonista Luke Skywalker descobre ser filho de Darth Vader, vilão da história. O momento é lembrado pelo bordão: "Luke, eu sou seu pai".

Advogado faz referência a Star Wars em "resposta" ao juiz Bretas.(Imagem: Reprodução/Youtube)

A manifestação do advogado aconteceu porque o juiz teria usado como jurisprudência uma decisão do STJ que negava “ingresso de advogado que possua relação de parentesco com a magistrada”. O advogado reforçou que não há "parentesco".

As informações sobre a decisão são do jornal O Globo.

Entenda

Segundo o matutino, Nythalmar havia pedido à 7ª vara Federal Criminal para incluí-lo como defensor do empresário Arthur Cesar de Menezes, o “Rei Arthur”, em um processo.

O pedido foi negado por Bretas, titular da vara. Entre os argumentos, o juiz teria citado um julgado do ministro Jorge Mussi, do STJ, de 2019, o qual aborda a questão do parentesco.

Também teriam sido citados por Bretas dois artigos do CPP que abordam a criação propositada de motivos que levem ao impedimento de juízes.

Isto se deu porque o juiz e o criminalista trocam, desde o ano passado, acusações públicas envolvendo a Lava Jato do Rio.

Briga antiga

Nythalmar já buscou a PGR contra Bretas, acusando-o de agir com parcialidade nos processos. Em colaboração premiada, o advogado acusa Bretas de ser "policial, promotor e juiz ao mesmo tempo". As informações foram divulgadas em reportagem da revista Veja.

Em outubro de 2020, Nythalmar foi alvo de operação da PF, acusado de cooptação indevida de clientes da Lava Jato, justamente na vara em que atua Marcelo Bretas (7ª vara da Justiça Federal do RJ). Agora, o criminalista tenta a homologação de sua colaboração premiada com a PGR. Inicialmente, o processo foi distribuído à ministra Laurita Vaz, que se declarou impedida. Agora, o relator é o ministro Herman Benjamin. Em razão das acusações do delator, a OAB chegou a pedir o afastamento de Bretas.

Em junho de 2021, o MPF pediu a prisão do advogado ao afirmar que partiram do celular do criminalista ameaças destinadas a Bretas. Mas o pedido foi recusado porque a investigação envolvendo o causídico fora suspensa um mês antes por liminar do presidente do STJ, ministro Humberto Martins, porque o caso envolvia autoridades com prerrogativa de foro. A investigação contra o advogado seria por suspeitas de que ele dizia a clientes ter influência junto ao juiz da Lava Jato. 

Na última segunda-feira, 14, Bretas vetou a entrada do criminalista no caso em que o Rei Arthur é réu, indicando que o advogado estaria tentando levar o juiz a se declarar impedido.

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