O presidente Jair Messias Bolsonaro vai, a galope, perdendo a noção da importância do cargo ao qual foi eleito. E perde-se também o entendimento acerca dos direitos e deveres.
É certo que o direito de petição é de todos. Está lá no livrinho (CF/88, artigo 5º, inciso XXXIV, alínea A).
Mas é forçoso convir que esse direito, assim como diversos outros, devem ser manejados - sobretudo pelo presidente da República - com parcimônia.
Anunciar via Twitter que irá pedir o impeachment de dois ministros do Supremo, em resposta à prisão de um apoiador tresloucado que atentava, às escâncaras, contra as instituições democráticas, é agir de modo absolutamente inadequado.
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A imagem do Brasil já está muito desgastada, seja com as ignorâncias presidenciais (a história de se transformar em Jacaré depois da vacina é motivo de piada mundial), seja com as reiteradas ameaças de quartelada.
Só faltava termos que aturar mais essa estultice, agora contra a Suprema Corte brasileira.
Começamos a crer que, além da toleima, há um componente psicótico que merece ser analisado.
Ao fim e ao cabo, tal diagnóstico pode vir a justificar o impedimento no exercício das funções.
O Brasil e os brasileiros não mereciam isso.