Nesta segunda-feira, 17, o ex-juiz Sergio Moro prestou depoimento como testemunha no âmbito da operação Spoofing, que investiga a interceptação de mensagens entre autoridades e membros da Lava Jato. As oitivas foram realizadas por videoconferência e conduzidas pelo juiz da 10ª vara Federal de Brasília, Ricardo Leite.
Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, Moro disse que usou o Telegram até 2017, e desistiu por não considerá-lo confiável. De acordo com o ex-juiz, enquanto usou o aplicativo, trocou mensagens “sem qualquer mancha de irregularidade e sem qualquer espécie de assunto ilícito”.
Durante a oitiva, Moro defendeu o trabalho da Lava Jato. “Tudo que foi feito na Lava Jato foi feito conforme a interpretação da lei”, disse.
Conforme informou o jornal O Globo, o ex-juiz salientou que nunca foi feita gestão alguma de sua parte para influenciar neste caso ou na Polícia Federal.
“O delegado teve total autonomia para conduzir o caso da forma que ele entendia apropriada.”
O ex-ministro da Justiça também declarou que “os ataques e as supostas mensagens roubadas foram utilizadas com sensacionalismo para frear o combate à corrupção e anular condenações de corruptores e corruptos".