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Megavazamento: Dados de ministros do STF estão à venda na internet

Presidente do STF, Fux pediu providências e considerou o caso "gravíssimo".

2/2/2021

Semana passada um megavazamento de dados pessoais veio à tona: 220 milhões de brasileiros tiveram sua privacidade exposta. O conteúdo envolve não apenas o CPF dos cidadãos, mas também dados de score de crédito, ocupação, escolaridade, foto de rosto, título de eleitor, entre outros.

Agora, o Estadão noticiou que dados de algumas das maiores autoridades do país estão à venda na internet. Entre os afetados estão o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e os 11 ministros do STF.

(Imagem: Fellipe Sampaio/STF)

O hacker está oferecendo informações em 37 categorias: básico simples, básico completo, e-mail, telefone, endereço, mosaic (um serviço oferecido pelo Serasa), ocupação, score de crédito, registro geral, título de eleitor, escolaridade, empresarial, Receita Federal, classe social, estado civil, emprego, afinidade, modelo analítico, poder aquisitivo, fotos de rostos, servidores públicos, cheques sem fundos, devedores, bolsa família, universitários, conselhos, domicílios, vínculos, LinkedIn, salário, renda, óbitos, IRPF, INSS, FGTS, CNS, NIS e PIS. 

Entre os ministros da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski é o mais afetado, com dados em 26 categorias. O presidente do STF, Luiz Fux, tem dados ofertados em 23 categorias. Todos outros também têm dados em mais de 20 categorias: Dias Toffoli (25), Luiz Roberto Barroso (25), Alexandre de Moraes (24), Gilmar Mendes (24), Rosa Weber (23), Nunes Marques (23), Edson Fachin (22), Cármen Lúcia (21) e Marco Aurélio (21).

Segundo a reportagem do Estadão, “não é possível saber se os criminosos têm as informações ou não, mas é muito difícil que não tenham. As amostras foram claramente exportadas por uma ferramenta interna de consulta do hacker”.

Providências

Após a notícia vir a público, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, pediu providências. Foram enviados ofícios ao ministro da Justiça, André Mendonça, e ao ministro Alexandre de Moraes, relator do Inq 4.781, que apura ofensas e ameaças aos ministros do STF.

Fux também considerou gravíssimo o vazamento anunciado de dados de milhões de brasileiros, inclusive com informações sobre as relações familiares.

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