O presidente viaja acompanhado de ministros e uma delegação de empresários, em busca de oportunidades comerciais para o Brasil. Será a terceira reunião entre os líderes dos dois países, que mantiveram encontros na Cúpula do G20 em junho de 2019 em Osaka e na 11ª Cúpula do Brics em Brasília, em novembro passado.
O presidente Jair Bolsonaro deve assinar pelo menos uma dezena de acordos nas áreas de comércio, tecnologia e ciências.
“A viagem promete ser frutífera para o país”, estima Marcel Daltro, sócio do Nelson Wilians & Advogados Associados, que fará parte da delegação de empresários. “Estamos indo participar de uma agenda empresarial organizada pela Câmara de Comércio Índia- Brasil, com o Presidente. Nossa atuação está fundamentada na prestação de assessoria jurídica a empresas asiáticas que querem atuar no mercado brasileiro e vice-versa”. O NWADV já tem representação em Portugal, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru.
Trata-se da terceira ida de representantes do escritório para aquele país em menos de um ano. “Na primeira ida, fomos para entender o mercado indiano, identificar oportunidades de negócios e gerar conteúdo técnico jurídico”, conta Daltro. “Na outra ocasião, retornamos acompanhados de clientes interessados no desenvolvimento de mercado entre os países.”
O presidente deverá embarcar para Nova Déli na quinta-feira (23). O embaixador Reinaldo José de Almeida Salgado, secretário de Negociações Bilaterais na Ásia, Pacífico e Rússia, afirmou que a visita se insere num contexto amplo de reformas e de abertura da economia brasileira com o objetivo de tornar o Brasil mais atrativo a investimentos estrangeiros.
O comércio de U$ 7 bilhões com o país deverá ser ainda mais explorado. “Estamos indo com grande delegação, teremos um seminário empresarial em que o presidente falará sobre o novo ambiente de negócios no Brasil e depois abordará temas específicos como energia, especialmente energias renováveis, bioenergia, teremos a assinatura entre 10 e 12 acordos.”
Como o Brasil, a Índia faz parte do Brics, bloco de países emergentes, formado em 2006, integrado também por Rússia, China e África do Sul.