Repleto de oportunidades, setor de infraestrutura apresenta demanda expressiva por projetos em praticamente todos os campos: energia, mobilidade urbana, água e saneamento, gestão de resíduos, transporte, telecomunicações, oil and gas, entre outros.
Em recente evento promovido pelo CESA, o ministro André Mendonça, da AGU, afirmou que o país está no momento mais propício para se investir. De acordo com ele, pela primeira vez na história, os números da economia estão crescendo de forma sustentável porque a base dos investimentos está vindo da economia privada e o campo que terá maior relevância nesse cenário é o de infraestrutura.
“Não tenham dúvida, os próximos anos serão anos de desinvestimentos nas subsidiárias e controladas, fluxo de dinheiro vindo do exterior, grandes projetos de infraestrutura e oportunidades.” Ele garante que ao invés do setor público ser o grande ator, o setor privado será o protagonista dos investimentos.
De fato, o financiamento público não é suficiente para atender à crescente demanda por gastos em infraestrutura. Por isso, espera-se que os investimentos de instituições de desenvolvimento e do mercado de capitais continuem aumentando em importância.
Segundo o Banco Mundial, os investimentos anuais necessários entre 2015 e 2025 equivalem a 4,35% do PIB, com maiores necessidades no setor de transporte. Atualmente, os investimentos não chegam a 2%. De acordo com o relatório produzido pelo escritório Pinheiro Neto Advogados, para que o Brasil esteja inserido de forma competitiva na economia global, deveria investir R$300 bilhões por ano em curto e médio prazo.
Para tanto o governo e a iniciativa privada precisam encontrar caminhos, de forma conjunta, para ampliar a capacidade do Estado e implementar mecanismos que promovam o incremento da participação de empresas no investimento e financiamentos de projetos de infraestrutura.
O relatório, coordenado pelo sócio Ricardo Russo, esclarece quais são os aspectos institucionais e regulatórios a serem levados em consideração, bem como apresentar as principais tendências referentes ao cenário de infraestrutura no país. O documento contou com a colaboração de 20 integrantes da banca e pretende promover um diálogo entre setores públicos e privados, fomentando a discussão voltada ao desenvolvimento do setor no país.
“Temos diversos artigos que cobrem aspectos gerais relacionados a esse tema, como o novo marco regulatório do saneamento, a abertura para investimentos estrangeiros no capital de companhias aéreas, dentre outros setores.”
Para facilitar a leitura, o relatório “Infraestrutura no Brasil: tendências e oportunidades” foi organizado em quatro capítulos: desenvolvimento de projetos; financiamento de projetos; aquisição de projetos; e questões regulatórias atuais.