Mais de 270 juízes Federais assinaram uma moção de apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. No documento, dirigido ao presidente da Ajufe – Associação dos Juízes Federais do Brasil, os magistrados defendem que o ex-juiz Federal não violou o princípio da imparcialidade.
Na última segunda-feira, 24, um grupo de 30 juízes protocolou na entidade um representação pedindo investigação contra Moro e sua exclusão do quadro social da entidade – da qual é sócio benemérito, em caso de confirmação das condutas divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
Na moção de apoio, os juízes Federais afirmam que o conteúdo das "mensagens criminosamente obtidas" atribuídas ao ex-juiz e a integrantes da Força-Tarefa da Lava Jato, "ainda que seja autêntico e não tenha sido editado, não ofende o princípio da imparcialidade que rege a conduta de um magistrado".
"Todas as mensagens, ainda que recortadas para ampliar o sensacionalismo, revelam a preocupação do magistrado com os procedimentos, sem qualquer relação, por menor que seja, com o mérito de cada denúncia."
Segundo os juízes, o magistrado, como centro decisório do complexo sistema da Justiça, "não se encontra impedido de dialogar com os demais atores envolvidos sobre questões não relacionadas ao mérito da ação".
Dessa forma, os juízes defendem que, enquanto juiz, Moro jamais se desviou dos deveres exigidos de um magistrado sério, tendo atuado "alinhado com os princípios éticos, comprometido com a busca da verdade e aplicação da Justiça, com o império da lei, com imparcialidade, atuando no maior caso de corrupção conhecido no mundo, com imensa dedicação, sacrifício e se sujeitando a riscos pessoais e familiares de toda ordem".
Os magistrados também defendem que Moro julgou, condenou e absolveu centenas de pessoas sempre com imparcialidade. Por esse motivo, se colocam contrariamente ao pedido feito pelo outro grupo de juízes.
Confira a íntegra da moção de apoio ao ministro Sergio Moro.
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