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Eleonora Nacif, vice-presidente do IBCCRIM, fala sobre os Aspectos Práticos do Tribunal do Júri

Para a advogada criminal, o Tribunal do Júri é "vivo e pulsante" e exige que profissionais busquem referências práticas de atuação; IBCCRIM inicia curso na próxima semana.

11/7/2018

O IBCCRIM - Instituto Brasileiro de Ciências Criminais inicia na próxima segunda-feira, dia 16 de julho, a nova edição do curso "Aspectos Práticos do Tribunal do Júri". A iniciativa é destinada a advogados, advogadas e profissionais de outras áreas que pretendem discutir e aprender em profundidade temas atuais sobre a instituição do Tribunal do Júri.

Em entrevista, a advogada criminal e vice-presidente do IBCCRIM, Eleonora Nacif, explica a relevância do curso e as novas perspectivas para os profissionais que desejam se especializar na área.

"O Tribunal do Júri é o princípio da oralidade elevado ao extremo. Enquanto estudantes de direito, nós lemos e pesquisamos muito. Quando começamos a advogar, escrevemos, preparamos memoriais, alegações finais entre outras funções. No entanto, raramente temos a oportunidade de falar, sabendo que seremos escutados e interpretados. Essa é uma questão fundamental: no Tribunal do Júri, somos ouvidos e o nosso discurso, a nossa fala e os nossos argumentos serão absorvidos. Portanto, é muito importante preparar o profissional para que ele se sinta seguro e preparado para esse período de 1h30 (uma hora e meia) em que ele vai debater no Tribunal do Júri" explica Eleonora Nacif, que é uma das professoras do curso do IBCCRIM.

Para a advogada criminal, o Tribunal do Júri exige conhecimento de características específicas que irão determinar a atividade profissional.

"No Tribunal do Júri as testemunhas são ouvidas, os réus são interrogados, e tudo é voltado para a produção da prova no instante do plenário. Os jurados — que a Constituição prevê que irão julgar os semelhantes, ou seja, pessoas iguais — são constituídos de pessoas não técnicas. Logo, nos crimes dolosos contra vida, as pessoas julgam com a sensibilidade, com a emoção, com olho no olho, se colocando no lugar do próximo. Diferente de outras modalidades e instâncias, essa característica do Tribunal do Júri exige que o profissional esteja preparado para lidar com as emoções e a oralidade", explica Eleonora Nacif.

Dica para quem desejar atuar no Tribunal do Júri

Para a especialista, os profissionais interessados na área devem estar em contato constante com o Tribunal do Júri. É necessário "não se ater apenas aos grandes julgamentos, mas se aprofundar a partir do cotidiano do Tribunal".

"O Tribunal do Júri é vivo e pulsante. Por mais que estudemos teoricamente, os aspectos práticos, o dia a dia, são fundamentais para compreender a atuação. É importante assistir, fazer cursos práticos, pois devemos abrir o espaço que vai além do espectro jurídico. Temos, por exemplo, que aprender sobre intuição e sensibilidade, que são decisivos quando estamos atuando na área", analisa Eleonora.

Serviço

Modalidades

Presencial e à distância

Coordenação

- Yuri Félix

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