Em 2017, a expressão "fake news" foi eleita a palavra do ano pelo renomado dicionário britânico Collins. A expressão foi muito utilizada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, durante sua campanha, para se referir às notícias negativas em relação a ele quando ainda era candidato à presidência.
Desde então, a expressão se tornou popular. E não apenas ela, mas as fake news – ou notícias falsas – também têm se tornado comuns, em especial, no meio eletrônico, levando seu público a acreditar que as informações contidas nelas são verdadeiras, mesmo que elas não sejam.
Para que você, leitor migalheiro, não se deixe enganar pelas fake news, o advogado Luiz Augusto Filizzola D'Urso, do escritório D'Urso e Borges Advogados Associados e presidente da Comissão Nacional de Estudos dos Cibercrimes da Abracrim – Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, lista uma série de passos para não se deixar levar pelas informações falsas na internet.
De acordo com Luiz Augusto, uma das formas de se prevenir das fake news é sempre lê-las com atenção e desconfiar das manchetes, evitando o compartilhamento adiantado de matérias apenas em função do título chamativo. "Muitas pessoas recebem notícias e as compartilham sem ler toda a matéria, limitam-se, por vezes, a ler apenas as manchetes."
O advogado aconselha os leitores a observarem a forma como as notícias são formatadas, já que a maioria das fake news são publicadas em blogs e sites desconhecidos. "Deve-se ter atenção à formatação, verificando a presença de erros de português, a maneira como a matéria foi escrita, além de outras características duvidosas na formatação."
Além disso, Luiz Augusto orienta que, sempre que uma notícia chamativa for publicada por um site desconhecido, o ideal é que o leitor a compare com informações de sites conhecidos e de credibilidade. "Convém conferir esta mesma notícia nos portais de jornalismo profissional ou na TV", diz.
Luiz Augusto pontua também a importância de se observar a data de publicação da notícia, já que grande parte das fake news se baseiam em notícias antigas e fora de contexto.
Outro ponto importante, segundo o advogado, é nunca compartilhar uma notícia quando se há dúvida sobre sua veracidade. Isso porque, de acordo com Luiz Augusto, o mero compartilhamento muitas vezes parece inofensivo, mas pode ocasionar problemas sérios ao leitor, inclusive, no âmbito da Justiça.
"A melhor maneira para se eximir de responsabilidade pela propagação de uma fake news na internet, é não compartilhar a notícia suspeita, pois, caso contrário, quem compartilhar esta notícia, estará sujeito às sanções no âmbito civil e criminal."
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