Lula lá
Lula também pediu respeito à organização, deixada de lado por George W. Bush durante o ataque ao Iraque. ‘‘Não podemos confiar mais na ação militar do que nas instituições que criamos com a visão da história e à luz da razão", afirmou. O presidente brasileiro voltou a reivindicar um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança: ‘‘A reforma da ONU tornou-se um imperativo, diante do risco de retrocesso no ordenamento político internacional’’.
Lula encerrou o seu discurso de 22 minutos conclamando os países do mundo a se empenharem na campanha de combate à fome e à miséria. E propôs a criação de um comitê mundial para tratar do assunto. Ele fez questão de valorizar a política internacional adotada nesses nove meses de gestão petista. Deixou a modéstia de lado e usou o Brasil como exemplo da convivência harmoniosa entre países, que deveria ser adotada pelas nações em todo mundo.
Desde a criação da ONU, em 1945, é tradição um brasileiro abrir oficialmente os trabalhos da entidade.
Lula falou...
"A ONU não foi concebida para remover os escombros dos conflitos que ela não pôde evitar — por mais valioso que seja o seu trabalho humanitário"
‘‘A comunidade internacional está diante de enormes desafios que exigem esforço acelerado de reforma da organização, para que nossas decisões e ações coletivas passem a ser, de fato, respeitadas e eficazes’’
‘‘Não podemos fugir a nossas responsabilidades coletivas. Pode-se, talvez, vencer uma guerra, isoladamente. Mas não se pode construir a paz duradoura sem o concurso de todos’’
‘‘De que vale toda essa genialidade científica, todo o luxo que ela é capaz de produzir, se não a utilizamos para garantir o mais sagrado dos direitos: o direito à vida?’’
‘‘É hora de chamar a paz pelo seu nome próprio: justiça social’’
‘‘Quanto mais a humanidade parece aproximar-se de Deus pela capacidade de criar, mais o renega pela incapacidade de respeitar e proteger suas criaturas’’
‘‘A fome é uma emergência e, como tal, deve ser tratada. Vamos agir para acabar com a fome ou imolar nossa credibilidade na omissão? Não temos mais o direito de dizer que não estávamos em casa quando bateram à nossa porta e pediram solidariedade’’
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