Nesta semana, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que Walney Cesário da Cunha não é mais o diretor da unidade prisional de Anápolis/GO. A exoneração veio após o vazamento de áudios em que o ex-diretor é flagrado pedindo a servidor que oriente os detentos, que comandam as alas, para não deixarem os colegas saírem das celas quando os advogados chegassem.
"Tem que falar pro comando de ala não descer, uai. Fala pros caras não deixar descer. Advogado vem aí só pra perder viagem. Aí tem que falar com os comando pros cara não deixar descer não. Eles não descem pra conversar com nós. Por que que desce pra falar com advogado", ordena Cunha.
Em outro áudio, o ex-diretor endossa a ordem.
"Na hora que eles chegarem aí, já avisa pros alas não deixar ninguém sair pra falar com advogados à tarde não. Aí pede pra tirar o cliente e já chega descendo com a informação ‘infelizmente, a ala não liberou não’. Fala isso logo e acabou. Fazer esses presos jogar com a gente também. Advogado aí, dia de domingo, impossível."
Em comunicado oficial, a DGAP afirma que determinou a imediata exoneração do servidor da função de diretor. A entidade "não pactua nem tolera comportamento inadequado como o verificado na conversa, tanto em relação à tentativa de cerceamento do trabalho dos advogados, quanto à censurável demonstração de intimidade com presos".
Enquanto um novo diretor da unidade de Anápolis não é anunciado, Leandro Ezequiel, diretor regional, está respondendo pela unidade.
Confira a íntegra da nota da DGAP.
Informações: jornal "Mais Goiás"
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Após análise de áudios que circulam em redes sociais, onde o diretor da unidade prisional de Anápolis, Walney Cesário da Cunha, aparece em conversa com outro servidor sugerindo que ele oriente presos, que supostamente lideram alas dentro do presídio, a dificultar o acesso de advogados a seus clientes que cumprem pena no local, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informa que, nesta quinta-feira (01/02), determinou a imediata exoneração do servidor da função de diretor.
Esclarece que não pactua nem tolera comportamento inadequado como o verificado na conversa, tanto em relação à tentativa de cerceamento do trabalho dos advogados, quanto à censurável demonstração de intimidade com presos.
A DGAP reitera que não abre mão do comportamento ético, da responsabilidade e do profissionalismo por parte de seu quadro de colaboradores, e ressalta que quaisquer atos cometidos contra os princípios legais, morais e regimentais serão punidos de acordo com a Lei.
O diretor regional Leandro Ezequiel responde interinamente pela unidade até posse do novo diretor.
Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP)
