Na última semana, a Polícia Civil de MG instaurou inquérito para apurar a origem e a autoria de um ranking que expõe mulheres e adolescentes do município de Muzambinho. O "ranking do sexo" viralizou em grupos do WhatsApp e em páginas do Facebook da cidade, que tem cerca de 20 mil habitantes.
A lista que contém mais de 100 nomes classifica cada mulher de acordo com o seu desempenho em supostas atividades sexuais. Em vários nomes, o autor atribui posições sexuais e ofensas, como "só tem cara de santa", "a pior", "quem nunca", além de vários outros adjetivos pejorativos.
Após a grande repercussão nas redes sociais, o caso ganhou o repúdio de mulheres de todo o país. As vítimas lamentam e reclamam por Justiça.
O presidente da Comissão Nacional de Estudos de Cibercrimes da ABRACRIM, Luiz Augusto Filizzola D’Urso, da banca D’Urso e Borges Advogados Associados, assevera que o autor da lista criminosa pode ser identificado. "Tudo que se faz na internet deixa rastros".
Além disso, o advogado afirma que uma decisão judicial pode quebrar o sigilo e identificar a origem da publicação e, também, localizar quem está compartilhando a lista nas redes sociais.
O especialista em cibercrimes pontua que o autor, por expor indevidamente estas mulheres, pode responder pelos crimes de difamação e injúria. "Crimes que também poderão ser atribuídos aos que compartilham este ranking. Na esfera cível estes autores poderão ainda suportar uma indenização por danos morais".
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