Macedo teve diversas ocupações ao longo de sua vida. Foi jornalista, professor de história e de geografia no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e se tornou um renomado escritor. Seu romance de maior sucesso é "A Moreninha", publicado em 1844.
Na literatura, escreveu romances, sátiras políticas, crônicas, peças de teatro e poesias. Sua importância, foi reconhecida por Salvador de Mendonça, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, que o escolheu para ser patrono da cadeira 20 da agremiação. Já na política, Macedo atuou como deputado provincial e deputado geral, tendo sido um forte militante do Partido Liberal.
Em 1864, por sua intensa participação na política e sua proximidade com a Família Real, um importante convite foi feito a Macedo: o imperador Pedro II o convidou para assumir o Ministério dos Negócios Estrangeiros. O convite foi rejeitado pelo então deputado.
Ao recusa-lo, Macedo afirmou: "admita-se que eu tenha as qualidades que Vossa Majestade me atribui; mas não sou rico, requisito indispensável a um Ministro que queira ser independente; e eu não estou para sair do Ministério endividado ou ladrão".
Segundo a professora Tania Rebelo Costa Serra, estudiosa das obras do romancista, essa postura se tornou o "cartão de visitas moral" de Joaquim Manuel de Macedo, e representou a concretização da proposta de choque ético que os escritores românticos desejavam aplicar à sociedade.
"Assim, o ideário romântico é o contexto sob o qual podem ser analisados tanto o autor, quanto sua obra, que só poderia ser bem compreendida hoje à luz da ideologia que permeia toda essa literatura, mesmo a de evasão, aqui compreendida, conforme o afirmava Otto Maria Carpeaux, como literatura política."
Macedo faleceu em 11 de maio de 1882, mas, seu legado marcou a história, a política e a literatura, suas grandes paixões. As frases célebres, os pensamentos e o legado de Joaquim Manuel de Macedo podem ser encontrados agora na livraria Migalhas.
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Em suas mãos, leitor fiel, as Migalhas de Joaquim Manoel de Macedo.