A defesa do presidente Michel Temer pediu ao STF a suspeição do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para atuar em investigação relacionada ao presidente que está em tramitação na Corte. O advogado do presidente, Antônio Claudio Mariz de Oliveira, alegou que o procurador age de forma pessoal em ações contra Temer.
Segundo causídico, já se tornou "público e notório" que Janot "vem extrapolando em muito os seus limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que ocupa". Ainda no pedido, o advogado afirma que a atuação de Janot é motivada, ao que "tudo indica", por questão "pessoal".
No mês passado, Janot denunciou Michel Temer ao Supremo pelo crime de corrupção passiva. A acusação está baseada nas investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. O áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa, com o presidente também é uma das provas usadas no processo.
No entanto, na semana passada, a Câmara não autorizou a abertura da ação penal. Com a decisão, a denúncia deve ficar suspensa até o fim de 2018, quando o presidente deixará o mandato e poderá a ser investigado na primeira instância da Justiça ou novamente no Supremo, se assumir algum cargo com foro privilegiado no governo federal.