Migalhas Quentes

Turquia julgará catarinense detida com 16 kg de cocaína

X

21/6/2006


Tráfico


Turquia julgará catarinense detida com <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="16 kg">16 kg de cocaína


Sob risco de ser condenada a 20 anos de prisão, acusada nunca tinha viajado antes de avião, estudou até a 5ª série e tem prótese cardíaca


A catarinense Ângela Wress, 23, se envolveu em uma trama de cinema. Presa em Istambul, na Turquia, por tráfico internacional desde 18 de dezembro, irá a julgamento no próximo dia 26 por servir de "mula" - levava 16 quilos de cocaína no fundo falso da mala, segundo a Polícia Federal.


Com saúde frágil, uma prótese no coração por problemas crônicos e apenas a quinta série completa, pode pegar até 20 anos de prisão. Antes disso, nunca havia viajado de avião.


O desaparecimento de Ângela, notificado pela sua família em dezembro, desencadeou investigação da Polícia Federal de Joinville (SC) que resultou na prisão de mais oito pessoas no Brasil e cinco no exterior.


A jovem deixou o município catarinense em 8 de dezembro do ano passado -afirmou aos pais que tinha planos de ser babá em São Paulo. Ela havia conhecido pela internet um homem, paulista, com quem passou a manter um namoro virtual. Nas mensagens a que a polícia teve acesso, ele fazia promessas de lhe mostrar o mundo. Ângela contou à família que foi enganada e que não sabia o que transportava.


Antes de viajar para a Turquia, a jovem passou uma semana no Chile, onde a PF suspeita que tenha pego a droga.


Segundo o pai, o técnico em eletrônica Maurílio Wress, Ângela está "desesperada" devido ao seu problema cardíaco. "Ela reclama das condições da carceragem, onde tem de pagar tudo, e da "água podre'", disse o pai. Na cela, ela tem contado com a ajuda de uma presa paulista, também por tráfico. Ângela usa uma válvula de metal no coração e precisa de remédios de uso continuado.


As cadeias da Turquia tiveram má fama difundida pelo filme "O Expresso da Meia-Noite", de 1978, que mostra a rotina de tortura nas prisões pelos olhos de um norte-americano, condenado a 30 anos de prisão por tráfico de heroína.


Um advogado designado pela embaixada brasileira presta assistência a Ângela. O país não tem acordo de extradição com o Brasil, segundo a OAB, e ela ficará presa lá, se condenada.


A família vem sendo assessorada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB de Joinville, de acordo com a presidente do órgão, Cynthia da Luz.


Apesar das reclamações da família, a Folha apurou com autoridades brasileiras na Turquia que o presídio Pasakapisi foi reformado e é usado como "modelo" e "vitrine" para mostrar à comunidade européia.
__________

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

STF decide que testemunhas de Jeová podem recusar transfusão de sangue

25/9/2024

Justiça revoga prisão e suspensão de passaporte de Gusttavo Lima

24/9/2024

Ministra Nancy elogia sustentação oral de jovem advogado: "renova esperanças"

25/9/2024

Advogado é preso suspeito de envolvimento em venda de decisões

25/9/2024

Receita Federal regulamenta atualização do valor de imóveis a valor de mercado

24/9/2024

Artigos Mais Lidos

Alterações no CC com a vigência da nova lei 14.905/24: A taxa de juros Selic se aplica em todos processos em curso?

25/9/2024

Pejotização fraudulenta e competência da Justiça do Trabalho: Um precedente importante da 7ª turma do TRT-1

25/9/2024

CNJ autoriza inventário e divórcio extrajudicial mesmo com herdeiros menores ou incapazes

24/9/2024

Lei 14.973/2024: Um novo capítulo na regularização patrimonial e fiscal no Brasil

24/9/2024

Exclusão extrajudicial de sócio na sociedade limitada

25/9/2024