O banquinho, o piano e os celulares
Incapaz de coibir a singela entrada de telefones nos estabelecimentos prisionais, os órgãos do Estado resolveram enfrentar o problema do modo mais irracional: negar o serviço a todos os usuários de uma área (cidade, bairro, região) onde, desafortunadamente, exista um presídio. A medida tomada inicialmente em São Paulo (no influxo do pânico gerado pelo terror do PCC) alastrou-se, como onda, pelo País.
“Desconsiderando o direito do consumidor, das empresas e as competências do regulador federal (Anatel), o poder público lançou mão do mantra clássico: nada se pode opor ao interesse público. De que público, nada se disse. Em suma, puxou-se o piano quando mais fácil seria aproximar o banquinho. E depois fazemos chacota com nossos parentes lusitanos”, conclui o sócio.
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Fonte: Edição nº 205 do Litteraexpress - Boletim informativo eletrônico da Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques, Advocacia.