PGJ denunciou ao TJ/CE o juiz Josias Nunes Vidal por quatro crimes
Posteriormente, com base no seu relatório, o Pleno do TJ - formado por 23 desembargadores - deverá se reunir para decidir se aceita, ou não, a peça acusatória formulada pelo Ministério Público, a partir dos depoimentos de várias pessoas e provas coletadas durante a investigação. “Foi toda uma documentação idônea que o MP se baseou para elaborar a denúncia contra o magistrado. Em caso de condenação, ele poderá ser apenado de <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="11 a">11 a 34 anos de reclusão, somadas as penas - mínimas ou máximas -, dos crimes pelos quais está sendo acusado. E na própria denúncia também foi solicitado que ele perca o cargo de juiz”, explicou o promotor de Justiça Marcus Renan Palácio, que também é assessor da PGJ.
VARIADOS - Os crimes pelos quais o juiz Josias Vidal estará respondendo aconteceram no Município de Morada Nova, quando ele estava à frente da 2ª Vara daquela cidade. De acordo com o que foi apurado, o magistrado teria envolvimento com o crime organizado (vendendo sentenças); manteria relações sexuais com policiais, assessores e presos, bem como teria tentado violentar o filho de um assessor, que na época tinha apenas 12 anos. O garoto e seu pai chegaram a ficar sob a guarda do Provita - Programa de Proteção a Testemunhas, do Governo Federal.
Josias Vidal também teria se apropriado de armas que estavam apreendidas dentro de processos que tramitavam na sua Vara, bem como uma motocicleta e um carro. Parte dessas armas - três revólveres, uma pistola semi-automática, uma escopeta calibre 12, um rifle Puma, munições e uma motocicleta Honda vermelha, sem placa e com chassi adulterado, foi encontrada dentro do Sítio Patinhos, na localidade de Pedra, pertencente a Francisco Edner Nogueira da Silva, o ‘Edinho’. Já na residência da então diretora de secretaria da 2ª Vara de Morada Nova foi apreendido outro revólver. O juiz Josias também é acusado de ter dado um carro, igualmente apreendido, para que um de seus assessores o ficasse usando. E na Comarca de Morada Nova ainda corre uma ação civil pública, por crime de improbidade administrativa, contra o magistrado. A reportagem do Diário do Nordeste tentou ouvir o juiz, mas seu celular estava desligado ou fora da área de cobertura.
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