Natural de São Paulo, o desembargador é formado pelas Arcadas (turma de 1977). Antes da magistratura, foi promotor de Justiça (1979 a 1983), tendo atuado nas comarcas de São Vicente, Cubatão e Capital.
Ingressou na magistratura em 1983, exercendo a judicatura sobretudo no litoral, nas comarcas de Guarujá, Vicente de Carvalho, São Luiz do Paraitinga, Itanhaém.
Mais tarde, subindo a serra, passou a atuar na capital. A partir de 1999, ocupou o cargo de juiz substituto em segundo grau para, afinal, tomar posse no cargo de desembargador a 26 de agosto de 2005 e, ato contínuo, integrar a 8ª câmara de Direito Público.
Agora, coroando uma longa e festejada carreira, atinge o sobranceiro da magistratura bandeirante.
Propostas
Durante seu mandato, o desembargador Paulo Dimas quer dar prioridade para o aprimoramento da prestação jurisdicional em primeiro e segundo grau, com a modernização do Tribunal, de modo a trazer agilidade e melhoria para o Judiciário.
"A grande meta que deve ser perseguida é que o Judiciário seja ágil, seja célere, seja eficiente. Tem alguns mecanismos como o processo digital, mas nós temos ainda deficiência de recursos humanos. Nós vamos procurar de alguma maneira ter um melhor aproveitamento do quadro existente, tanto no de servidores quanto no de magistrados, e trabalhar para cada vez mais nós avançarmos e atendermos a nossa população, a nossa sociedade."
Segundo o magistrado, há um planejamento estratégico que foi aprovado no órgão especial da Corte e deve ser implementado até 2020. Esse projeto, afirma, prevê uma série de ações relacionadas à tecnologia da informação, estrutura física, capacitação dos servidores e segurança.
Para Dimas, o maior desafio que terá no próximo biênio é orçamentário. De acordo com o desembargador, foram solicitados R$ 14 bi para 2016, mas o Judiciário paulista receberá cerca de R$ 10 bi. O magistrado acredita que a quantia não permitirá avanços, mas alega que procurará com esses recursos "fazer a máquina girar". "Nós vamos ter que ter coragem, criatividade, comprometimento e, principalmente, planejamento."
Com relação aos servidores, Paulo Dimas defende o diálogo permanente, a valorização do colaborador, o respeito aos direitos funcionais e a melhoria da estrutura de trabalho.
"Nós temos a necessidade muito grande de estabelecer esta harmonia entre os juízes e os servidores para que o serviço do Judiciário possa avançar. A colaboração dos servidores é fundamental. Eles são a nossa força de trabalho qualificado que merece ser prestigiado e valorizado."
Diretoria
O vice-presidente eleito para o biênio 2016/2017 é o desembargador Ademir de Carvalho Benedito. O candidato recebeu 168 votos.
Para a Corregedoria Geral da Justiça, com 182 votos, foi escolhido o desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças.
Confira como ficou o quadro geral:
Eleições TJ/SP - 2016/17 | |||
Presidente | |||
Vice-presidente |
Corregedor-Geral da Justiça | ||
Presidência de Direito Criminal |
Presidência de Direito Privado |
Presidência de Direito Público | |
Escola Paulista da Magistratura Diretor: Antonio Carlos Villen Vice-diretor: Francisco Eduardo Loureiro Conselho consultivo: - Antonio Rigolin (Direito Privado) |
Segundo turno
A disputa pela vice-presidência da Corte foi definida em 2º turno. No primeiro escrutínio foram escolhidos Ademir de Carvalho Benedito (161 votos) e Arthur Marques da Silva Filho (145 votos).
Concorreram à Corregedoria, também em 2ª turno, Ricardo Mair Anafe (99 votos) e Manoel de Queiroz Pereira Calças (68 votos).