Migalhas Quentes

Morre, aos 71 anos, em SP, o advogado Paulo Osório Silveira Bueno

Enterro será realizado hoje, no final da tarde, no cemitério São Paulo, rua Cardeal Arcoverde

14/1/2015

Faleceu nesta quarta-feira, 14/1, aos 71 anos, em SP, o advogado Paulo Osório Silveira Bueno, integrante do escritório Simões Caseiro Advogados.

Advogado, empresário, foi presidente do Centro Rio Branco, coordenador da Arena Jovem, em 1970, e secretário municipal de Educação, Cultura, Esportes e Turismo em Rio Claro. Foi deputado estadual constituinte, sendo eleito pelo PDS com 23.117 votos, na legislatura de 1987/1991.

Foi secretário geral do PDS em São Paulo e membro do Diretório Nacional do partido. Durante os trabalhos constituintes atuou como membro efetivo na Comissão de Ordem Econômica e Social e suplente nas Comissões do Poder Legislativo, de Finanças e Orçamento e de Sistematização.

O enterro será realizado no final da tarde desta quarta-feira, no cemitério São Paulo, rua Cardeal Arcoverde.

Homenagem

Em emocionado texto, Thiago Taborda Simões, sócio do escritório, homenageia o já saudoso advogado.

"Meus amigos,

Não acho honesto guardar para mim o que penso nesse momento.

Paulo Osório nos acompanhou desde o começo. Quando eu e o Marcos mal tínhamos barba nós nos escorávamos nos seus cabelos brancos na tentativa de ter alguma segurança perante o mundo.

Quase 10 anos se passaram e ele nos acompanhou, fraternalmente. Sempre foi um conselheiro, um amigo fiel, uma experiente voz que, se não resolvia, confortava. E isso era suficiente.

PO nos ensinou muito. Nunca conheci mais educado cavalheiro, nem alguém de maior gentileza. Ninguém como ele conhecia as coisas da vida, sobretudo as boas. Paulo nos ensinou sobre política, sobre vinhos, sobre as relações humanas, sobre ternos, gravatas e whisky. Sobre Paris e Roma. Paulo levou meu avô para conhecer o Laudo Natel e contou toda a história do São Paulo desde a construção do Morumbi.

Nessa última aula aprendi com ele o que acredito ser a mais importante lição. A hora do chá inglês (que ele tanto gostava), a conversa fiada, o 'vagabundear', a prosa do whísky, a importância de um telefonema no dia do aniversário. Nenhum dinheiro faz sentido sem isso. Nada é mais importante que os pequenos momentos que passamos com as pessoas que amamos.

Já nos disseram o quanto nós fizemos por ele nesses anos. Eu digo que tudo foi pouco perto do que ele fez por nós, pelo que nos ensinou, e pela maneira suprema de ensinar: pelo exemplo.

Um PO nasce a cada 100 ano. E nós tivemos a sorte de ter um dentro de casa.

Que Deus o tenha, querido amigo. Sinto no peito enorme dor por não ter aproveitado mais de sua companhia. Estará sempre vivo conosco, pela parte de você que está em nós."

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