A sessão da Corte Especial do STJ desta quarta-feira, 17, iniciou-se com homenagens aos ministros Ari Pargendler e Gilson Dipp, que se despedem do tribunal atingidos pela compulsória.
Avesso às atenções, Ari Pargendler não estava presente na sessão plenária que lhe rendeu homenagens – o mesmo já havia ocorrido em sua despedida da 1ª turma.
Presente na Corte, Dipp ouviu, junto com um plenário lotado, as homenagens feitas pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, que falou em nome dos colegas.
A ministra relembrou a origem dos dois magistrados, na mesma cidade do RS, a trajetória similar na Academia e na judicatura.
“O nascimento em Passo Fundo os uniu. A paixão pela Justiça os manteve juntos na Faculdade de Direito da UFRS. A vocação para a judicatura os reuniu. Somos testemunhas do grau de idoneidade, independência, amor ao trabalho. Os inúmeros cargos administrativos que ocuparam ampliam o legado jurisdicional. Aos ministros, a certeza de que não os esqueceremos e um sentimento último de gratidão.”
Maria Thereza finalizou destacando as marcas de saber, de ética e de trabalho incansável de Ari Pargendler e Gilson Dipp.
Ao agradecer as palavras, Gilson Dipp afirmou que atinge o fim do ciclo como servidor público com a gratidão pela convivência com ideias que o ajudaram a forjar sua personalidade.
E citando Fernando Pessoa despediu-se: “O esforço é grande, e o homem é pequeno, a alma é divina e a obra é imperfeita.”
Gilson Dipp faz 70 anos no próximo dia 1º/10.