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Preso sindicalista por assassinato de presidente da OAB/Jacareí

17/1/2006

 

Preso sindicalista por assassinato de presidente da OAB/Jacareí

 

O motorista Paulo Ferreira da Silva, 40 anos, foi preso nesta terça-feira, 17/1, pela Polícia Civil de Jacareí acusado de participação no assassinato do ex-presidente da OAB da cidade, Angelo Maria Lopes Filho. O crime aconteceu no dia 8/6 do ano passado. Lopes Filho foi alvejado com quatro disparos à queima-roupa dentro de seu carro, no centro da cidade.

 

Silva é motorista da empresa JTU (Jacareí Transporte Urbano). Já foi diretor do sindicato da categoria no Vale do Paraíba e atuava como liderança do Conlutas (Conselho Nacional de Lutas) na cidade. O pedido de prisão temporária, de 30 dias, foi decretado pela juíza Antonia Brasilina de Paula Farah, da 2ª Vara Criminal de Jacareí.

 

Na noite do crime, Lopes Filho, que atuava como advogado da JTU, estava deixando seu escritório, depois de ter passado o dia em uma negociação com os motoristas e cobradores da empresa. A categoria havia deflagrado uma greve - que interrompeu 100% do transporte na cidade - e mantinha os ônibus da empresa "presos" em um terreno ao lado do Pátio dos Trilhos, no centro.

 

Lopes Filho e o também advogado da JTU, Pedro Murta, entretanto, obtiveram naquele dia uma liminar que garantia a reintegração de posse dos ônibus à empresa. A liminar foi expedida por volta das 16h, mas o primeiro ônibus só deixou o local por volta das 19h30, após longa negociação, que incluiu um pequeno conflito com a Polícia Militar.

 

Segundo o delegado seccional de Jacareí, Paulo Afonso Tucci, que conduz o inquérito desde setembro do ano passado, a disputa sindical foi a motivação para o crime. "Nós exaurimos todas as possibilidades de investigação e esta hipótese foi a mais confiável. A motivação e as testemunhas, que o reconheceram, nos levaram ao suspeito", disse o delegado.

 

Segundo Tucci, uma testemunha viu o suspeito rondando o escritório da vítima, momentos antes do crime. Ele teria, segundo o relato da testemunha, observado o interior do local pelo portão e se escondido atrás de um poste. Esta testemunha não teria visto o momento do disparo, mas auxiliou na confecção de um retrato-falado. Segundo o delegado, ela e outras testemunhas também identificaram um possível segundo autor, que esteve no local de carro, conversando com Silva. A marca e o modelo do veículo não foram revelados pela polícia.

 

"O caso não está 100% solucionado, mas a polícia acredita que avançou muito com a identificação deste suspeito. Eu acredito que ele (Silva) tenha sido o autor dos disparos, mas ainda estamos trabalhando e esperamos contar com mais denúncias agora para identificar o outro autor", disse.

 

Se for confirmada a participação de Silva no caso, estará descartada a tese inicial para o crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

 

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Fonte: Diário da Região

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