A partir do mês que vem, cada gabinete do STJ terá um Catálogo de Questões Jurídicas
A idéia do projeto surgiu em maio de 2004, por sugestão dos próprios servidores. O presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, visando a facilitar o trabalho dos gabinetes dos ministros e aumentar a qualidade e a rapidez de seus procedimentos, já que a maioria das decisões proferidas no Tribunal é monocrática, decidiu constituir uma comissão para implementar o projeto. À época, o ministro afirmou que "a Emenda 45, da Reforma do Judiciário, inseriu uma cláusula assegurando a todo cidadão a prestação da Justiça com eficácia e rapidez, e nós estamos tentando dar cumprimento a mais essa ordem constitucional, ou seja, o enfrentamento da morosidade".
O desenvolvimento do projeto é do diretor da Revista de Jurisprudência do Tribunal, ministro Raphael de Barros Monteiro, com o apoio das secretarias de Jurisprudência, Judiciária e a de Tecnologia e a Assessoria de Planejamento, Organização e Estatística. "O STJ tem muitos processos, mas poucas teses novas, e com as teses iguais as decisões terão de ser iguais também, o que vai garantir a segurança jurídica e a uniformização jurisprudencial", explica Rodrigo Campos, presidente da comissão de implantação do catálogo. Uma das metas do plano estratégico do STJ é a padronização e uniformização dos seus julgados.
"Tem havido um grande passivo acumulado nos gabinetes", enfatiza Rodrigo Campos. De acordo com o Núcleo de Estatística do STJ, até o último dia do ano, o Tribunal tinha um total de 138.601 processos: 84.659 (61.08%) estão nos gabinetes de ministros; 46.147 (33.30%) estão nas coordenadorias; e 7.795 (5.62%) estão na Secretaria Judiciária.
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