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Lula e Alencar repetem a queda-de-braço sobre juros

Vice reafirma críticas à política econômica

3/6/2003

 

Lula e Alencar repetem a queda-de-braço sobre juros

 

A necessidade de reduzir a taxa de juros adotada no Brasil voltou a provocar um desencontro entre os integrantes da cúpula do governo. Enquanto Lula afirmava, em visita à Suíça, que os juros cairão apenas quando o governo julgar adequado, o vice José Alencar voltava a criticar o Banco Central e defender a queda imediata da taxa que, segundo ele, é uma questão que deve ser decidida na esfera política.

 

“Nós precisamos de decisões políticas, e isso não é decisão para economista. É decisão para político, para ser tomada na esfera política”, declarou Alencar, ao classificar as taxas cobradas pelos bancos como “um assalto”. Segundo ele, “nunca houve na história do Brasil maior transferência de renda oriunda do trabalho em benefício do sistema financeiro”.

 

Em Genebra, Lula afirmou também que "baixar juros não se faz com bravata" - resposta à pressão imposta ao governo nas últimas semanas para adotar um corte na taxa básica Selic. "É claro que todo mundo quer que os juros caiam", ressaltou o presidente. "Mas eu tenho absoluta confiança no ministro da Economia, Antonio Palocci. E ele muitas vezes é muito mais equilibrado do que eu", brincou Lula.

 

O presidente interino José Alencar classificou como “pirraça” o fato de o BC não ter reduzido a taxa de juros na última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom). “Sobre o Copom eu não falo nada, porque dizem que as taxas de juros não baixaram no mês passado porque eu falei. Então, de pirraça, não baixaram”, declarou Alencar, que, ironizando a atitude dos técnicos do BC, passou a contar a história do sapo que, clandestinamente, foi para uma festa no céu e, ao ser descoberto, ameaçaram castigá-lo. Para se livrar do castigo, o sapo apelou: “Não me joguem na água, me joguem na pedra”, pois queria justamente o contrário. E emendou: “Então daqui para a frente eu vou falar: Mantenham os juros, aumentem os juros”.

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