Faleceu ontem aos 66 anos o deputado Ricardo Fiuza
Fiuza exercia o oitavo mandato como deputado federal
Ele foi relator do projeto do novo Código Civil (Lei 10406/02), que introduziu inovações como a redução da maioridade civil de 21 para 18 anos, a extensão da guarda dos filhos aos pais e a concessão de maior autonomia às mulheres chefes de família. O deputado também relatou, no ano passado, a medida provisória que deu status de ministro ao presidente do Banco Central.
Em 1993, Fiuza foi apontado pela CPI do Orçamento como um dos parlamentares que teriam participado do esquema de distribuição dos recursos orçamentários. A CPI recomendou a cassação do deputado, que depois foi absolvido pelo Plenário da Câmara.
No lugar de Fiuza, tomará posse na Câmara o suplente Salatiel Carvalho.
História
Nascido em Fortaleza, em 6 de setembro de 1939, o advogado e pecuarista chegou à Câmara dos Deputados pela extinta Arena, já representando o estado de Pernambuco. Depois passou pelo PDS, PFL, PPB e, atualmente, era vice-líder do PP, partido ao qual se filiou em 2003. Foi ainda ministro-chefe da Casa Civil e ministro da Ação Social no Governo Fernando Collor.
Durante a Assembléia Nacional Constituinte, Fiuza, então parlamentar pelo PFL, ficou conhecido como um dos articuladores do "Centrão", grupo informal com cerca de 300 deputados conservadores que defendiam uma Constituição com texto mais "enxuto".
Enterro
O corpo de Ricardo Fiuza foi velado até a meia-noite de ontem na Assembléia Legislativa do Estado. O enterro está marcado para hoje, às 11h, no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana de Recife.
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