OAB/PA se mobiliza para julgamento de acusados de matar a freira Dorothy Stang
A comissão defende a mesma tese apresentada pela Promotoria, de que houve um consórcio responsável pela execução de Dorothy Stang e não apenas uma rixa pessoal entre os executores e a freira, que defendia um Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS) para a região. A luta de Dorothy Stang foi reconhecida pela OAB do Pará, que no ano passado conferiu à religiosa o prêmio "José Carlos Castro de Direitos Humanos".
Além de acompanhar o julgamento, a comissão da OAB irá promover, em parceria com outras entidades, cursos de capacitação em Direitos Humanos para os agricultores que estarão acampados em frente à sede do Tribunal de Justiça do Pará, em Belém. "Vamos falar de Direitos Humanos e dar esclarecimentos jurídicos, se necessário, para que os agricultores estejam bem informados", explica Mary Cohen.
Irmã Dorothy lutava pela implementação de um projeto criado pelo governo em 1994, de desenvolvimento sustentável. De acordo com o projeto, é possível retirar da floresta o suficiente para a sobrevivência sem destruir o meio ambiente. Por conta disso, a religiosa tinha como opositores os madeireiros, fazendeiros e grileiros de terra e foi barbaramente assassinada com seis tiros.
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