Dados da Boa Vista Serviços S/A, administradora do SCPC - Serviço Central de Proteção ao Crédito, indicam que a variação mensal de novos registros de inadimplentes foi de -0,8% em jun/13, descontados os efeitos sazonais. No resultado acumulado de janeiro até junho, contra o mesmo período de 2012, houve retração de 2,4%. Já na comparação dos últimos 12 meses (jul/12 a jun/13) com os 12 anteriores (jul/11 a jun/12), o indicador recuou 1,3%.
Ao longo do primeiro semestre do ano, os registros de inadimplentes mantiveram a tendência de queda iniciada no final do ano passado resultante das melhores condições de crédito da economia, dos aumentos na renda da população e da manutenção da taxa de desemprego significativamente abaixo de sua média histórica. Ademais, mesmo com a recente reversão da política monetária, a Boa Vista Serviços avalia que, dada a expectativa de um menor ciclo de aperto monetário, somada às boas perspectivas para o ano do mercado de trabalho no Brasil, o indicador deve continuar a desacelerar, fechando o ano com números levemente inferiores aos de 2012.
O valor médio das dívidas incluídas em junho foi de R$ 1.416, sendo 3,28% maior que o observado em maio, após a realização de ajustes de sazonalidade e inflação.
Regiões
Na análise com ajuste sazonal, todas as regiões contribuíram para a queda do indicador nacional, com exceção do Nordeste que apresentou estabilidade na comparação com o mês imediatamente anterior. Ocorreram quedas nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, com variações de -2,5%, -1,2% e -0,9%, respectivamente – expurgados os efeitos sazonais. Já o Sudeste apresentou o menor decréscimo, de 0,6%, na mesma base de comparação.
Ao confrontar o acumulado dos primeiros seis meses de 2013 ao semestre equivalente de 2012, os resultados foram diversos entre as regiões com reduções no Sul (-4,5%), Sudeste (-4,2%) e Centro-Oeste (-1,9%) e elevações no Nordeste (4,5%) e Norte (1,9%).
Varejo
Quando considerado apenas o setor de varejo, o indicador de abrangência nacional apresentou uma queda mensal de 2,4%, retirados os efeitos sazonais. Porém, no acumulado do semestre findo em junho, o resultado foi contrário: avanço de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, influenciado principalmente pelas regiões Nordeste (2,4%), Norte (2,3%) e Sudeste (2,0%).
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