Segundo a autora, o erro material nas decisões judiciais decorre da sobrecarga de trabalho, do grande número de processos e dada falibilidade humana. "O erro pode ser corrigido de três formas, ex-officio – de forma espontânea –, com interposição de recurso pelas partes ou por simples petições", explicou Estefânia Viveiros. Para ela, a correção deve ser com o intuito de prestar um serviço jurisdicional o mais claro e livre de falhas possível.
A autora analisa o tema sob vários ângulos do processo civil brasileiro. O livro é o primeiro sobre o tema. Estefânia Viveiros disse que a obra aborda o erro material em 16 capítulos, identificando o erro. "A abordagem do livro foi feita sobre o erro material no processo de conhecimento, nos recursos, na execução e em determinadas leis, como a de arbitragem e a dos juizados especiais, além de outras matérias", comentou a advogada.
A obra é resultado de tese de doutorado pela PUC/SP, sob orientação da professora Teresa Arruda Alvim Wambier. O prefácio, assinado pela orientadora, diz que Estefânia Viveiros escolheu um tema que, embora não seja tratado com profundidade e vagar em livros de processo, apresenta inegável relevância prática. "O foco deste texto é justamente o de afirmar que, como se trata de figura pouco explorada, e carente de contornos definidos, acaba servido de pretexto para que os juízes voltem atrás quando, na verdade, esta possibilidade estaria obstada pela preclusão pro judicato. Só o erro material genuíno é que pode ser corrigido pelo magistrado a qualquer tempo. Daí a relevância de se conceituar com precisão o fenômeno", disse.
Sobre a autora :
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Ganhador :
Antonio Mauricio Gonçalves, advogado em Castro/PR
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