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Departamentos jurídicos de grandes empresas se reúnem para discutir indicadores de desempenho

Advogados de grandes empresas trocaram experiências sobre a gestão legal da companhia.

25/4/2013

Departamentos jurídicos de grandes empresas estiveram reunidos em SP para trocar experiências sobre a gestão legal da companhia. Mais que advogados, verdadeiros executivos ressaltaram o impacto financeiro positivo diante de um departamento organizado e bem planejado.

Ponto em comum destacado por todos os palestrantes foi a necessidade do Departamento jurídico estar alinhado à missão e aos valores da empresa e principalmente ao planejamento para aquele ano. "As normas mais importantes são aquelas adotadas pela empresa", afirmou a diretora jurídica da ESPN, Ana David.

Hoje, o diretor do departamento deve estar inserido no border da companhia e participar das decisões, principalmente em relação às questões financeiras. Prova disso é que a diretora jurídica da HP Márcia Muniz conseguiu economizar cerca de 30% de honorários advocatícios com base em histórico e provisões.

Com 24 mil ações em andamento, Luís Fernando Radulov Queiroz, diretor jurídico da AES Brasil, defende que o executivo legal deve estar focado em duas práticas: manter a companhia a salvo e contribuir de forma decisiva. Para isso ele utiliza a fórmula controle + transparência + estratégia = resultados. Desse modo ele conseguiu aumentar a quantidade de processos encerrados em relação aos novos entrantes.

Restou exposto ainda que o perfil dos advogados atuante nas empresas deve ser organizado e criativo, e sobretudo, matemático. "Para transformar o jurídico em estratégico, o advogado deve gostar de números, entender de contabilidade, finanças e gestão de pessoas", afirmou Thiago Tagliaferro Lopes, gerente geral jurídico da Rodobens.

A fim de implementar indicadores de desempenho na Procuradoria-Geral do Banco Central, estiveram presentes no evento Rafael Napoleão (analista), Sérgio Arradi (analista), Erasto Villa-Verde Filho (subprocurador-Geral de Contencioso Judicial), Guilherme Othero (analista) e Oswaldo Senger (procurador).

"Foi uma ótima oportunidade de conhecer as melhores práticas de gestão estratégica adotadas nos departamentos jurídicos de grandes empresas. É claro que os indicadores de desempenho de qualquer atividade devem estar alinhados às estratégias estabelecidas pelo cliente, razão por que indicadores válidos para a advocacia privada nem sempre o são para a advocacia pública. Contudo, considerando a forte presença do Banco Central no mercado, como órgão de cúpula do sistema financeiro nacional, a sua Procuradoria-Geral não poderia deixar de participar do evento a fim de conhecer os indicadores de desempenho do setor privado e, com as devidas adaptações, desenvolver e aplicar, no âmbito da Autarquia, seus próprios indicadores para medir o grau de sucesso das estratégias adotadas tanto na área de consultoria legal quanto na que gerencio, de contencioso judicial", afirma Erasto Villa-Verde Filho.


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