Ponto em comum destacado por todos os palestrantes foi a necessidade do Departamento jurídico estar alinhado à missão e aos valores da empresa e principalmente ao planejamento para aquele ano. "As normas mais importantes são aquelas adotadas pela empresa", afirmou a diretora jurídica da ESPN, Ana David.
Hoje, o diretor do departamento deve estar inserido no border da companhia e participar das decisões, principalmente em relação às questões financeiras. Prova disso é que a diretora jurídica da HP Márcia Muniz conseguiu economizar cerca de 30% de honorários advocatícios com base em histórico e provisões.
Com 24 mil ações em andamento, Luís Fernando Radulov Queiroz, diretor jurídico da AES Brasil, defende que o executivo legal deve estar focado em duas práticas: manter a companhia a salvo e contribuir de forma decisiva. Para isso ele utiliza a fórmula controle + transparência + estratégia = resultados. Desse modo ele conseguiu aumentar a quantidade de processos encerrados em relação aos novos entrantes.
Restou exposto ainda que o perfil dos advogados atuante nas empresas deve ser organizado e criativo, e sobretudo, matemático. "Para transformar o jurídico em estratégico, o advogado deve gostar de números, entender de contabilidade, finanças e gestão de pessoas", afirmou Thiago Tagliaferro Lopes, gerente geral jurídico da Rodobens.
"Foi uma ótima oportunidade de conhecer as melhores práticas de gestão estratégica adotadas nos departamentos jurídicos de grandes empresas. É claro que os indicadores de desempenho de qualquer atividade devem estar alinhados às estratégias estabelecidas pelo cliente, razão por que indicadores válidos para a advocacia privada nem sempre o são para a advocacia pública. Contudo, considerando a forte presença do Banco Central no mercado, como órgão de cúpula do sistema financeiro nacional, a sua Procuradoria-Geral não poderia deixar de participar do evento a fim de conhecer os indicadores de desempenho do setor privado e, com as devidas adaptações, desenvolver e aplicar, no âmbito da Autarquia, seus próprios indicadores para medir o grau de sucesso das estratégias adotadas tanto na área de consultoria legal quanto na que gerencio, de contencioso judicial", afirma Erasto Villa-Verde Filho.
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