Migalhas Quentes

Dono da boate Bahamas é absolvido dos crimes relacionados à prostituição

A decisão é da 4ª câmara criminal do TJ/SP.

10/4/2013

O empresário Oscar Maroni Filho, dono da casa noturna Bahamas, foi absolvido pela 4ª câmara Criminal do TJ/SP dos crimes de favorecimento da prostituição, manutenção de casa de prostituição e concurso material. Em setembro de 2011, ele havia sido condenado pela 5ª vara Criminal da capital paulista a 11 anos e 8 meses de reclusão e ao pagamento de multa por incursão nos artigos 228, § 3º, e 229, § 3º, combinado com o art. 69, todos do CP.

De acordo com aos autos, o empresário foi acusado de fazer fortuna através da exploração da prostituição alheia, transformando-a em negócio que gerava R$ 1 mi por mês, também de incentivar o meretrício "virtual" com o 'Cyber Bahamas', tornando-se proprietário de quase uma quadra das regiões nobres da capital, onde erigiu um prédio de 11 andares com ligação subterrânea para as instalações da boate.

Após sua condenação, a defesa Maroni Filho recorreu da decisão pedindo sua absolvição. O MP também interpôs recurso e a Procuradoria apelou, requerendo a condenação dos demais réus absolvidos na ação inicial. Por maioria de votos, a câmara deu provimento ao recurso do empresário e negou ao do MP.

Segundo a assessória do TJ, o entendimento da turma julgadora foi o de que as garotas de programa que atuavam na boate Bahamas não mantinham nenhum grau de hierarquia com o empresário, tampouco repassavam valores a ele. As moças, que serviram de testemunha na ação penal, eram maiores e já haviam exercido a prostituição antes de manter encontros na casa noturna.

Em seu voto, o relator, desembargador Euvaldo Chaib, avaliou que "para tipificação da conduta ilícita, é imperioso que as prostitutas residam no local e, paralelamente, que ele se destine à prostituição. E, com a devida vênia, mais uma vez, tais fatos não ocorreram na hipótese vertente". Ressaltou ainda que "dentre as múltiplas atividades exercidas no interior do Bahamas (v.g. restaurante, american bar, sauna, bilhar, pista de dança, piscina), era possível o encontro sexual mediante pagamento que, ressalte-se, à luz da prova concatenada na espécie, não há lastro de que era repassado à casa noturna".

O processo corre em segredo de Justiça.

Fonte: TJ/SP

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

Dono da boate Bahamas é condenado por favorecimento à prostituição

4/10/2011
Migalhas Quentes

O empresário Oscar Maroni Filho, dono da boate Bahamas, pede ao STF revogação de sua prisão

20/8/2007
Migalhas Quentes

O empresário Oscar Maroni Filho, proprietário da boate Bahamas, permanecerá preso

16/8/2007
Migalhas Quentes

Defesa do empresário Oscar Maroni Filho entra com HC no STJ

13/8/2007

Notícias Mais Lidas

Sancionada lei que altera Código Civil e padroniza atualização monetária e juros

1/7/2024

Magistrado que negou prioridade a gestante já foi censurado pelo CNJ

1/7/2024

Advogado explica nova lei que padroniza índice de juros e correção

1/7/2024

Juíza aumenta pensão de pai no exterior: “paternar à distância é fácil”

1/7/2024

Após avaliar esforço do advogado, TJ/GO fixa honorários de R$ 50 mil em causa milionária

2/7/2024

Artigos Mais Lidos

Imposto sobre ITBI e transferência patrimonial para holdings

1/7/2024

TDAH pode se aposentar pelo INSS?

30/6/2024

Porte de drogas para consumo pessoal e o STF. Um problema antigo e com solução antiga

1/7/2024

A validade do acordo judicial que estabelece o pagamento de honorários advocatícios de sucumbência quando há suspensão de exigibilidade em razão da concessão do benefício da justiça gratuita

30/6/2024

Condomínios e porte de drogas para uso pessoal: O que muda com a mais recente decisão do STF

2/7/2024