A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, determinou que fossem apuradas as denúncias de irregularidades no pagamento de horas extras a servidores da Corte no período eleitoral de 2012. O tribunal teria gasto R$ 3,8 mi em hora extra em um mês e pago a servidor até R$ 64 mil.
As denúncias resultaram na exoneração (a pedido) do diretor-geral do tribunal à época, Alcides Diniz, substituído no cargo, em 14 de dezembro, por Anderson Vidal Corrêa. A secretária de Controle Interno e Auditoria da Corte, Mary Ellen Gleason Gomide Madruga, que aparece na lista de beneficiários de horas extras como tendo recebido em novembro do ano passado mais de R$ 26 mil, também foi exonerada.
A relação com os nomes dos funcionários que receberam horas extras no período eleitoral está disponibilizada na página do tribunal na internet, com os respectivos valores adicionais para cada um, e será feita sindicância caso a caso, de acordo com a assessoria de imprensa do TSE. A Corte informou que já obrigou funcionários a devolver parte do dinheiro recebido de hora extra durante o período eleitoral do ano passado.
Ainda de acordo com a assessoria, os gastos com horas extras no período eleitoral, em especial de setembro a novembro, foram maiores que nas eleições de 2010, em decorrência, principalmente, de terem sido as primeiras eleições sob influência da lei ficha limpa, que aumentou consideravelmente o número de processos analisados na época. As greves dos servidores da Justiça Eleitoral e dos funcionários dos correios, às vésperas das eleições, também teriam contribuído para aumentar a concentração de trabalho.