Aristoteles Atheniense diz que recusa em pagar precatórios é economia do governo
Aristoteles afirmou que o cumprimento das decisões judiciais é o corolário do Estado Democrático de Direito e o não pagamento das condenações impostas ao governo pelo Judiciário viola o princípio fundamental da independência e harmonia dos Poderes, colocando em risco a autoridade do Estado.
“É lamentável que alguns presidentes de tribunais regionais, federais e de Justiça, atendendo à solicitação do Executivo, determinem que a ação volte a ser discutida no juízo de primeiro grau, tendo como pretexto a existência de erro material, propiciando, assim, o recomeço de algo que já estava definitivamente encerrado”, alertou o vice-presidente do Conselho Federal da OAB.
Ainda na crítica à forma com que o governo lida com a administração do pagamento dos precatórios, Aristoteles explicou que este instrumento, instituído como meio hábil destinado a efetivar as decisões judiciais de quantias devidas pelo poder público, deveria estar previsto no orçamento do respectivo ente. “O precatório não pago configura uma situação de inadimplência dos governos que, invariavelmente, protelam o seu cumprimento”, afirmou o vice-presidente da OAB, acrescentando que a negativa de pagamento da condenação constitui um autêntico abuso de direito.
Aristoteles Atheniense encerrou ontem Jornada de Estudos sobre Precatórios, no plenário do Cultural Evandro Lins e Silva, em Brasília.
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