Após a tentativa frustrada, proposta pelo ministro Joaquim Barbosa, de realizar uma sessão a mais por semana para acelerar o julgamento do mensalão, os ministros do STF reúnem esforços para terminar as análises dos dois derradeiros itens da denúncia da PGR até o dia 25 deste mês, última quinta-feira antes da viagem que o relator da AP 470 fará para a Alemanha, onde passará por um tratamento para suas dores crônicas no quadril.
Joaquim Barbosa retornará ao Brasil em 3 de novembro. A partir desta data, restam apenas quatro sessões plenárias até a aposentadoria do presidente do Supremo, ministro Ayres Britto, que completa 70 anos no dia 14 do próximo mês.
Para terminar o julgamento dentro de dez dias, os ministros devem concluir na sessão desta quarta-feira, 17, o capítulo VII, que trata da acusação de lavagem de dinheiro imputada ao ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, a ex-deputados do PT e aos assessores destes parlamentares.
Neste item, faltam somente os pronunciamentos dos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ayres Britto, que deveriam ter votado na última segunda-feira, 15, mas com o atraso dos ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello à sessão, seus votos foram transferidos para hoje.
O próximo e último capítulo a ser examinado é o II, sobre formação de quadrilha. São réus nesta fatia do julgamento José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos, Geiza Dias, Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório.
Findos os itens, os ministros calcularão as penas dos condenados.