A Feira de Caruaru
"A Feira de Caruaru,
Faz gosto a gente vê.
De tudo que há no mundo,
Nela tem pra vendê,
Na feira de Caruaru".
(Composição de Onildo Almeida, eternizada na voz de Luiz Gonzaga)
Também conhecida como a “Princesa do Agreste”, “Capital do Agreste” e “Capital do Forró”, Caruaru é a cidade mais populosa e também a que mais cresce no interior de Pernambuco. Segundo dados do IBGE de 2011, a população é de 314.912 habitantes. Comparando indicadores de 2008 e 2009, a cidade cresceu quase 9%.
Os setores que lideram o aumento do PIB municipal são serviços, indústria e comércio. No ranking estadual, a cidade é a sexta economia entre os 185 municípios, atrás de Recife, Ipojuca, Jaboatão, Cabo de Santo Agostinho e Olinda.
A cidade é famosa por sua tradicional feira livre. Como bem diz os versos do compositor Onildo Almeida, cantados pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, na feira se vende de tudo, desde frutas, verduras e carnes até roupas, artesanato, utensílios domésticos, móveis e eletrônicos.
A feira é considerada patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Foi inscrita no Livros dos Lugares em 2006.
Vista aérea da Feira de Caruaru
A cidade abriga um dos mais importantes entrepostos comerciais do Nordeste e tem no Alto do Moura o Maior Centro de Artes Figurativas da América Latina, título este concedido pela Unesco, como reconhecimento de uma história iniciada na década de 40 do século passado, através do seu mais ilustre filho, Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, ceramista que fez história através da criação de bonecos de barro, arte perpetuada entre seus familiares e vários discípulos, representados nas gerações de artesãos, ainda hoje residentes na famosa vila.
"Noivos a cavalo", obra do Mestre Vitalino
Caruaru começou a tomar forma em 1681, quando o governador Aires de Souza de Castro, concedeu à família Rodrigues de Sá uma sesmaria (concessão de terras com o intuito de desenvolver a agricultura e a criação de gado) com 30 léguas de extensão (aproximadamente 12 hectares), denominada Fazenda Caruru. Mas, apenas em 1776, José Rodrigues de Jesus decidiu voltar para a fazenda do pai, que havia passado alguns anos abandonada. Pouco tempo após a morte do patriarca, a fazenda ganhava uma capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, que foi acolhendo um pequeno povoado ao seu redor.
Caruaru tornou-se cidade, uma das primeiras do Agreste pernambucano, pelo projeto nº 20, do deputado provincial Francisco de Paula Baptista, defendido em primeira discussão em 3 de abril de 1857,depois de aprovação sem debate, em 18 de maio do mesmo ano, com a assinatura da Lei Provincial nº 416, pelo vice-presidente da província de Pernambuco, Joaquim Pires Machado Portela.