Algumas "pérolas" e "frases de efeito" foram ouvidas nos bastidores do plenário do STF e ficaram registradas nas atas das sessões da primeira semana do julgamento da AP 470. Veja.
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Lewandowski rebatendo JB: "Acho que é um termo um pouco forte o que Vossa Excelência está usando e já está prenunciando que este julgamento será muito tumultuado".
Ayres Britto sobre o bate-boca entre JB e Lewandowski: "Não vamos descambar para o lado pessoal".
Marco Aurélio a favor do desmembramento do processo: "Vossa Excelência me atribuiu a paternidade e eu estou excomungando o filho".
Marco Aurélio sobre o pedido de mais tempo de Roberto Gurgel, para expor a denúncia antes do intervalo da sessão: "Talvez não tenhamos fôlego fisiológico para aguentar mais 25 minutos".
José Luís Oliveira Lima, advogado de José Dirceu: "[Roberto Jefferson] conseguiu fazer um bom teatro".
Luiz Fernando Pacheco, advogado de José Genoino: "O mensalão nunca existiu".
Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério: "Ele [Marcos Valério] foi ridicularizado por ter corte de cabelo zero".
Paulo Sérgio Abreu e Silva, advogado de Rogério Tolentino, sobre a acusação de que seu cliente foi a Portugal negociar doação de € 8 mi da Portugal Telecom para pagar dívidas de campanha do PT: "Ele foi fazer turismo remunerado. Deve ter comido um belo de um bacalhau, pastéis de Belém".
Leonardo Yarochewsky, advogado de Simone Vasconcelos, afirmando que a acusação de formação de quadrilha está banalizada: "Até na novela das 20h a Carminha disse que ia processar a Rita por formação de quadrilha".
Leonardo Yarochewsky, advogado de Simone Vasconcelos, se referindo a Roberto Gurgel por meio de música de Chico Buarque: "Apesar de você amanhã há de ser outro dia".
Leonardo Yarochewsky, advogado de Simone Vasconcelos, justificando os pagamentos em dinheiro efetuados pela ré nas agências do Banco Rural: "Tem uma dupla sertaneja aí, que eu não vou dizer o nome para não constrangê-los, que quando faz show faz questão de receber em dinheiro".
Paulo Sérgio Abreu e Silva, advogado de Geiza Dias, sobre a ré: "Ela era uma funcionária mequetrefe de terceiro ou quarto escalão! Era uma 'batedeira' de cheques".
Paulo Sérgio Abreu e Silva, advogado de Geiza Dias: "É preferível julgar um rio, mas não cachoeira. Um rio pode ter caráter constitucional".
Márcio Thomaz Bastos, advogado de José Roberto Salgado, sobre denúncia do MP contra o Banco Rural: "Tenta-se dizer, terroristicamente, que o motivo que levou o Rural a dar aqueles três empréstimos foi o pote de ouro de R$ 1 bi se acontecesse o levantamento".
Márcio Thomaz Bastos, advogado de José Roberto Salgado: "É um julgamento de bala de prata".
Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, em defesa de Ayanna Tenório: "É absolutamente kafkiana a acusação contra ela".
Alberto Zacharias Toron, advogado de João Paulo Cunha: "A denúncia é fantasmagórica (...) Estamos em um caso de criação mental".
Alberto Zacharias Toron, advogado de João Paulo Cunha: "Eu queria falar mais coisas, mas o tempo me come".
Marthius Sávio Cavalcante Lobato, advogado de Henrique Pizzolato, "Este processo é um ilusionismo jurídico".
Maurício Maranhão de Oliveira, advogado de João Cláudio Genú: "Esta denúncia chega às raias do absurdo".
Maurício Maranhão de Oliveira, advogado de João Cláudio Genú: "O defendente não passa de um grão de sal".
Antônio Sérgio Altieri de Moraes Pitombo, advogado de Enivaldo Quadrado, a Roberto Gurgel: "Vossa Excelência é um homem terrível, porque fala com um tom tão gentil que os advogados têm que temer".
Luiz Francisco Correa Barbosa, advogado de Roberto Jefferson, criticando Roberto Gurgel: "O atacante? Não joga nada".