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Investimentos em segurança de TI dão suporte à gestão empresarial

Tecnologias incluem controle da produtividade de funcionários e monitoramento de possíveis desvios de informação.

26/6/2012

As empresas brasileiras registram uma média de 47 novas tentativas de ataque por semana, com incidentes bem sucedidos que geram um custo de mais de US$ 106 mil em média. Os dados fazem parte de relatório divulgado pela Check Point Software Technologies no último mês.

Na classificação das atividades de funcionários que representam os maiores riscos, estão o uso de dispositivos móveis, incluindo smartphones e tablets, como a maior preocupação, seguido por dispositivos de mídia removível, como pendrives e redes sociais. De acordo com o relatório, empresas que passaram por ataques detectaram que a motivação de 52% dos hackers foi fraude financeira, seguida da intenção de interromper as operações da empresa, de 42%, e o roubo de dados de clientes, de 35% dos invasores.

Para o gerente de segurança da informação da Ativas, empresa que desenvolve soluções para TI, Raphael Pereira, as empresas devem se preocupar em definir como lidar com esses novos processos para evitar a perda de receita e o abalo na imagem corporativa. "Todos esses processos refletem na gestão de segurança, investimento que é um fator crucial para continuidade do negócio. É necessário aprender a trabalhar o risco e a continuidade", afirma.

Entre as possíveis soluções para o problema, a tendência atual em tecnologia é o investimento em ferramentas de DLP (data loss prevention), que desenvolve funcionalidades como repositório de dados confidenciais, gerenciamento centralizado, escaneamento de Servidores e Estações para verificar o funcionamento do agente e monitoramento do tráfego de rede.

No entanto, outras soluções devem ser integradas às ferramentas DLP para melhores resultados. Uma delas é a adoção do Strigoi, software de monitoramento de equipes desenvolvido pela TWT INFO que mapeia o trabalho nos ambiente das empresas ou de forma remota. Segundo o diretor da empresa, Marco Flávio Neves, o software pode ser programado para administrar casos de exceção, ou seja, quando acontece manipulação de informações fora da regra, contribuindo com as práticas adotadas dentro da Política de Segurança da Informação da empresa.

Segundo Raphael, a adoção da tecnologia é interessante quando integrada a soluções DLP para o controle da produtividade do funcionário e para monitorar se ele está fazendo algum desvio de informação ou de ações maliciosas.

Realidade

Mesmo com toda preocupação, a discussão sobre o tema é recente e desconhecida para muitos. Ainda segundo pesquisa da Check Point Software Technologies de 2012, 40% das empresas brasileiras estão aptas a combater os botnets e as ameaças avançadas em ambientes de TI, e cerca de 41% mantém programas de conscientização e treinamento atualizados para evitar ataques direcionados.

O crescimento das organizações, a inserção em novos mercados e aquisição de outras empresas são alguns dos pontos que dificultam a criação de uma cultura comum de segurança dentro da empresa, considerando as vulnerabilidades das novas tecnologias e a necessidade de monitoramento dos parques de tecnologia corporativos. Além disso, o surgimento de novos tipos de negócios cria a necessidade de novas regulamentações e práticas inovadoras, o que resulta em concorrência forte e reforça a preocupação com espionagem industrial e investimentos em retenção de talentos.

De acordo com o advogado Alexandre Atheniense, especialista em Internet Law e Propriedade Intelectual pela Harvard Law School, as empresas que já utilizam recursos tecnológicos, em geral, ainda não amadureceram como deveriam para se atentarem a importância de criar uma politica efetiva de segurança da informação. "A política ideal é ter um software para coletar informações e regras de proteção e monitoramento que propiciem dados para subsidiar a tomada de decisões pelo gestor", afirma.

Para Raphael, o investimento em segurança da informação deve ser em torno de 8 a 10% do faturamento da empresa de acordo com a maturidade e o ramo do negócio. Mas, para empresas que provém serviços de TI, a realidade deve ser diferente. "Já percebemos que não é possível ver o serviço de TI sem o serviço de segurança. Não entregamos segurança como opcional e investimos de 10 a 15% do nosso faturamento em segurança porque entregamos valor agregado nisso. É um diferencial para o cliente e justifica o investimento dessa ordem", afirma.

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