Forró em Campina
"Ó linda flor, linda morena
Campina Grande, minha Borborema."
Jackson do Pandeiro
cantor e compositor de forró e samba
"Rainha da Borborema", "Liverpool Brasileira", "Tech City", "Capital do Trabalho", "Capital do Interior do Nordeste" ou "Cidade Universitária"? As nomenclaturas são várias, mas uma coisa é unanimidade sobre Campina Grande/PB: lá tem o "Maior São João do Mundo". O evento, realizado anualmente no mês de junho, reúne um milhão de pessoas para comemorar o dia de São João (24) através de espetáculos, danças e quadrilhas.
Na primeira metade do século XX, Campina Grande era a cidade que mais crescia e oferecia oportunidades de emprego no interior do Nordeste (daí a denominação "Capital do Interior do Nordeste" e "Capital do Trabalho"). Atualmente, com 383.941 habitantes – de acordo com o Censo 2010 do IBGE –, o município é o segundo mais populoso da Paraíba e do Nordeste. Em âmbito regional só fica atrás de Feira de Santana/BA e, em esfera estadual, da capital paraibana João Pessoa.
Campina Grande é referência na produção de tecnologia (por isso "Tech City"), possui diversas instituições de ensino superior (motivo de ser conhecida como "Cidade Universitária") e, nos anos, 30 foi o segundo polo mundial de comércio de algodão, perdendo apenas para Liverpool, na Inglaterra (razão pela qual também foi batizada de "Liverpool Brasileira").
Mas é por "Rainha da Borborema" que Campina Grande atende oficialmente. Isso porque ela está situada no Planalto da Borborema.
Breve histórico
Fala-se que a origem do povoado data de 1º de dezembro de 1697, quando índios Ariús, liderados por Teodósio de Oliveira Lêdo, capitão-mor dos Sertões, ocuparam o "sítio da Campina Grande". Em 6 de abril de 1790, o aldeamento passou a ser chamado de Vila Nova da Rainha. Com a lei provincial 137, de 11 de outubro de 1864, Campina Grande recebe o título de cidade. E, a partir do século XX, o município cresceu e se destacou por meio da produção do "ouro branco", o algodão.