Segundo o advogado, a imprensa teve acesso a partes das investigações, em trechos fragmentados e descontextualizados, mas não a defesa. Para Thomaz Bastos, a situação dificulta a estruturação da defesa. Uma saída seria o adiamento do depoimento.
"Se ele não tiver acesso ao material, se nós não tivermos, é muito difícil ele depor. Ele pode se refugiar em seu direito de ficar em silêncio para não se incriminar. É a quinta emenda americana", afirmou o causídico, ex-ministro da Justiça do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Thomaz Bastos, o pedido será submetido por Vital do Rêgo ao relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT/MG), e ao colégio de líderes, provavelmente já na terça-feira, 8. O advogado de Carlinhos Cachoeira, entretanto, garantiu que seu cliente "vai obedecer a todas as prescrições, não só da Justiça, mas também da CPI".
Os depoimentos à CPI mista devem começar nesta terça-feira com a audiência do delegado da Polícia Federal Alexandre Marques de Souza, responsável pela Operação Vegas, primeira a investigar as atividades de Cachoeira. O contraventor foi preso posteriormente na Operação Monte Carlo.