Conduta
Promotora de Justiça pede inquérito para analisar conduta da advogada de Lindemberg
O presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, surpreendeu-se com a possibilidade da abertura de inquérito para analisar a conduta da advogada que, durante o julgamento de Lindemberg Alves, em fevereiro, citou o princípio da "verdade real", sendo questionada pela juíza Milena Dias e tendo retrucado que a magistrada "deveria ler mais, voltar a estudar". "No âmbito do plenário Tribunal do Júri, o embate entre os operadores do direito é naturalmente mais intenso", justificou.
Para D’Urso, a mecânica do Tribunal do Júri tem características próprias, que permitem aflorar a emoção. D’Urso pondera também que o advogado, durante as discussões da causa em Juízo, goza de imunidade profissional ao promover a defesa do direito do cliente, nos termos do art. 133 CF/88, art. 142, inciso I, do CP e art. 7º do Estatuto da Advocacia, afastando os tipos penais da injúria ou difamação.
O advogado criminalista Roberto Podval também afirmou que recebeu "atônito, e com tristeza", a notícia acerca da possibilidade de que a advogada Ana Lúcia Assad seja investigada por sua atuação na defesa de Lindemberg. Para ele, quem atua na área criminal, especialmente em defesas perante o Tribunal do Júri, sabe que "por vezes vozes se levantam, e os ânimos se aferventam".
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