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Presidente de Subsecção atua de forma inusitada na acusação

O atual conselheiro e ex-presidente da Subsecção de São Bernardo do Campo/SP

16/5/2005

 

Acusação

 

Presidente de Subsecção atua de forma inusitada na acusação

 

O atual conselheiro e ex-presidente da Subsecção de São Bernardo do Campo/SP, Ferdinando Cosmo Credídio, atuou oficialmente como assistente de acusação no julgamento de sete integrantes de uma quadrilha que seqüestrou, torturou e matou o comerciante Jackson Kowati, em 2002, cuja sentença foi anunciada no final de abril. Credídio atuou juntamente com o advogado André Avelino Coelho. "A Ordem teve uma participação inusitada na acusação a pedido da família e foi importante na apuração e julgamento desse crime que comoveu a população de São Bernardo do Campo. Foi uma espécie de avalista contra a impunidade”, diz Credídio.

 

Os acusados foram condenados por seqüestro, homicídio e extorsão e receberam penas que vão de 43 a 44 anos de prisão. Jackson, de 25 anos, foi seqüestrado no dia 2/7/2002 quando saía do supermercado Pônei, de propriedade de seu pai, Fernando Kowati. A família só ficou sabendo do seqüestro porque ligou para o celular de Jackson e um dos integrantes da quadrilha atendeu.Outros três acusados de participação no crime eram menores na época do assassinato e estão em liberdade.“Esse crime comoveu a cidade e sinto-me satisfeito pelo desfecho do julgamento. Também foi muito eficiente o trabalho da Polícia, especialmente do delegado Pau Henry Verduraz", afirmou Credídio.

 

A sentença foi anunciada no dia 27 de abril pela juíza Ana Lúcia Siqueira de Figueiredo, da 5ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo. Synésio da Silva Filho, um dos idealizadores do seqüestro; Afonso Saraiva de Souza, Norberto da Silva Nogueira, também idealizador do crime; Rosilene Ferreira Gomes e Solange Aparecida Lima receberam pena de 43 anos e 2 meses. Luciano Costa Marcelus Vallone foi condenado a 44 anos e 2 meses, e Roberto de Souza Ramalho, a 44 anos de prisão." Senti-me gratificado porque houve justiça", pondera Credídio.

 

O cativeiro de Fernando era um buraco de 1,3 metro de altura e 1,5 metro de largura, por 2 metros de comprimento. Durante os 26 dias que permaneceu no cativeiro, Jackson teve a cabeça enrolada por fita adesiva, apenas com a boca e  o nariz descobertos, ficou acorrentado e respirava através de um cano de PVC. Os integrantes da quadrilha cortaram um pedaço do dedo mínimo da mão direita do rapaz e enviaram para a família junto com um jornal do dia como prova de que ele estava vivo.

 

A família pagou R$ 103 mil de resgate, mas Jackson foi morto e seu corpo encontrado no dia 28 de julho à beira da represa Billings. Exames periciais constataram que Jackson foi torturado antes de ser morto. "Fernando Kowati, pai de Jackson, embora diga que a dor não acaba, se sentiu que foi feita justiça com a sentença", diz Credídio.

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