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OAB/SP presta homenagem aos decanos da advocacia

A OAB/SP homenageou no último dia 29/7, durante a cerimônia de posse da Comissão de Seleção e Inscrição, os 15 advogados mais antigos inscritos na seccional paulista. "São colegas entre 85 a 95 anos, muitos na ativa, que foram lembrados e festejados porque é importante cultuar aqueles que servem de exemplo para as gerações mais novas. Se a advocacia no país é o que é devemos aos colegas que vieram antes de nós para construir essa tradição", afirmou Luiz Flávio Borges D’Urso.

5/8/2010

Homenagem

OAB/SP presta homenagem aos decanos da advocacia

A OAB/SP homenageou no último dia 29/7, durante a cerimônia de posse da Comissão de Seleção e Inscrição, os 15 advogados mais antigos inscritos na seccional paulista. "São colegas entre 85 a 95 anos, muitos na ativa, que foram lembrados e festejados porque é importante cultuar aqueles que servem de exemplo para as gerações mais novas. Se a advocacia no país é o que é devemos aos colegas que vieram antes de nós para construir essa tradição", afirmou Luiz Flávio Borges D’Urso.

Entre os advogados homenageados, o mais idoso é Fernando Euler Bueno, de 95 anos de idade e 72 de carteira da OAB. Em 1956, ingressou na magistratura, passando como desembargador pelo TRE e pelo TJ/SP, escolhido pelo Quinto Constitucional. Quando se aposentou, em 1979, voltou para a advocacia, nas áreas civil e processual, e continua trabalhando até hoje, em menor ritmo.

"A homenagem foi muito honrosa para mim, sempre me orgulhei muito de pertencer ao quadro de advogados de São Paulo, abrilhantado pelo meu pai, o advogado Pedro Bueno de Camargo Silveira, de modo que a homenagem é muito significativa", disse.

Outro dos homenageados foi o advogado Ney Pedreira de Campos, de 92 anos, aposentado há mais de 12. Ele trabalhou como procurador da prefeitura de São Paulo e do governo Estadual, e foi diretor do antigo presídio do Carandiru, durante o governo de Ademar de Barros.

"Todo mundo gosta de ser homenageado e agradece. É uma alegria muito grande, ainda mais quando a gente fica velho, ninguém mais liga pra gente. A festa foi muito bonita. Aliás, a quantidade de velhos, todos com bengalas, era grande", comentou sobre a homenagem, bem humorado.

"Acho que muito poucos, antigos colegas, devem estar vivos, cada um vai tomando seu rumo e uma grande parte, que é do interior, vai terminar sua profissão nas cidades de onde veio", ressaltou o advogado, que é de Itu, no interior paulista, mas continua vivendo na capital.

Aos 89 anos de idade, Jorge Roberto Aranha de Macedo Vieira também estava entre os 15 advogados cujo trabalho foi reconhecido. "A cerimônia foi muito emocionante. Tenho quase 90 anos, mas ainda vou uma vez por semana, ou a cada dez dias, ao escritório, com auxílio de bengala", afirmou Macedo.

"Estou praticamente só terminando casos antigos que ainda tenho, de alguns precatórios e inventários que estou terminando. Fechei o escritório há cerca de três anos, mas, com minha idade, ainda guio automóvel, com câmbio automático", disse o advogado.

Já Domingos Geraldo Barbosa de Almeida, de 92 anos de idade, não pode comparecer à cerimônia de homenagem, e foi representado pelo vice-presidente da OAB/SP, Marcos da Costa. "Sem dúvida gostei da homenagem, isso é sempre agradável", disse Almeida.

O advogado, que sempre atuou nas áreas comercial e civil, e principalmente no ramo empresarial, parou de trabalhar quando já tinha mais de 80 anos, depois de construir uma carreira de cerca de meio século.

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